Deputados querem critérios seguros para aprovar legitimação de terras

A Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais adiou, nesta terça-fei...

16/09/2008 - 00:04
 

Deputados querem critérios seguros para aprovar legitimação de terras

A Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais adiou, nesta terça-feira (16/9/08), a votação de relatório sobre a Mensagem 212/08 do Governador do Estado, que trata de aprovação de processos para alienação ou concessão de terras rurais pelo Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter-MG). Na ausência do relator, deputado Getúlio Neiva (PMDB), o presidente da comissão, deputado Vanderlei Jangrossi (PP), avocou para si a relatoria e pediu prazo regimental para se pronunciar.

O deputado Antônio Carlos Arantes (PSC) manifestou sua insegurança de aprovar processos de legitimação de terras devolutas, após tomar conhecimento de que documentos falsos e informações incorretas sustentavam alguns desses processos. Jangrossi afirmou que esse assunto, inclusive, foi tema de audiência pública recente da comissão (12/8/08), na qual esteve presente o secretário extraordinário para Assuntos de Reforma Agrária, Manoel Costa.

A manifestação do deputado Arantes foi apoiada pelos deputados Chico Uejo (PSB) e Padre João (PT), e deu origem a um requerimento, assinado por esses parlamentares e pelo presidente Jangrossi, convidando o secretário Manoel Costa a constituir uma comissão de seus técnicos com os da Assembléia, para, em 30 dias, analisar os procedimentos de concessão de terras públicas e devolutas e propor metodologia de trabalho que dê segurança aos parlamentares quanto à veracidade da informação.

Dificuldades da pecuária leiteira e da cafeicultura

Outro requerimento de Antônio Carlos Arantes, aprovado na reunião, convida lideranças e autoridades do setor agropecuário para discutir as conseqüências da política de preço do leite, que ele considera desastrosas para o produtor e para o consumidor. Arantes disse que o leite alcançara um preço de R$ 0,85, que reanimou o produtor, mas caiu para R$ 0,60 e até menos, enquanto os insumos subiram até 500%. Também o café estaria em situação difícil, segundo o deputado, que alertou: "Quando todos quebrarem e saírem da atividade, quem virá produzir serão as multinacionais".

O deputado também previu que, em Minas, devido à legislação ambiental, a grande verba de R$ 13 bilhões para a agricultura familiar irá encalhar, porque exige um licenciamento ambiental descabido ao pequeno produtor.

Transporte de trabalhadores - Outro requerimento aprovado na reunião, proposto pelo deputado Padre João, pede audiência pública para discutir o transporte de trabalhadores rurais e a Resolução 52 da Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop), que disciplina esse tipo de transporte. Padre João disse que são veículos velhos e malconservados, e seria bom se o governo estabelecesse linhas de crédito para que, aqueles que geram o emprego, possam renovar a frota.

Presenças - Deputados Vanderlei Jangrossi (PP), presidente; Padre João (PT), vice-presidente; Antônio Carlos Arantes (PSC) e Chico Uejo (PSB).

 

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