Grupo 7 vota propostas para assegurar o direito à verdade e à memória

O Grupo 7 ("Direito à Verdade e à Memória") da 3a Conferência Estadual de Direitos Humanos, discutiu nesta quinta-fei...

11/09/2008 - 00:01
 

Grupo 7 vota propostas para assegurar o direito à verdade e à memória

O Grupo 7 ("Direito à Verdade e à Memória") da 3a Conferência Estadual de Direitos Humanos, discutiu nesta quinta-feira (11/9/08) 22 propostas, aprovando apenas cinco sem destaques. Seis novas propostas foram apresentadas durante os trabalhos. Quatro das propostas iniciais foram suprimidas, e as propostas 14, 17 e 18 foram aglutinadas. A coordenadora Heloísa Bizoca Greco teve o auxílio de dois relatores escolhidos pelos participantes, Geraldo Frances Vaz e Nizan Alves Ferreira.

Três assuntos despertaram polêmica entre os participantes. O primeiro deles foi a redação das propostas que exigiam a abertura dos arquivos policiais do período da ditadura. Heloísa Greco argumentou que o Massacre de Ipatinga ocorreu em 1963, e não seria esclarecido se houvesse esse limite. Outros propuseram que fossem abertos todos os arquivos do poder público, mas essa abrangência seria grande demais, fornecendo dados que não interessam aos familiares dos mortos e desaparecidos. A questão de fundo, segundo a coordenadora, foi que no Brasil, ao contrário de outros países que passaram por ditaduras sangrentas, não teve uma Justiça de transição.

A segunda polêmica decorre da primeira. Alguns participantes propuseram a exclusão da proposta nº 9, que pedia uma ação direta de inconstitucionalidade contra os artigos da Lei da Anistia que impedem a punição dos crimes praticados durante o período militar. Segundo seu ponto de vista, crimes de lesa-humanidade seriam imprescritíveis, e por isso a anistia não abrange os torturadores policiais ou militares, que poderiam ser punidos em qualquer momento.

 

 

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