População carcerária preocupa grupo temático de conferência

Observadores e delegados do Grupo de Trabalho 2 da 3ª Conferência Estadual de Direitos Humanos passaram toda a tarde ...

11/09/2008 - 00:01
 

População carcerária preocupa grupo temático de conferência

Observadores e delegados do Grupo de Trabalho 2 da 3ª Conferência Estadual de Direitos Humanos passaram toda a tarde e início da noite desta quinta-feira (11/9/08) reunidos no Auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, selecionando 20 das 57 propostas iniciais sobre o tema "Violência, segurança pública e acesso à Justiça". O evento na ALMG é preparatório para a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, a ser realizada em Brasília entre os dias 15 e 18 de dezembro deste ano.

As sugestões iniciais revelaram preocupação com a capacitação dos servidores da área de segurança pública e com a necessidade de criação de políticas públicas voltadas especificamente à população carcerária, familiares de presos, egressos do sistema prisional a moradores de rua. Também houve propostas reivindicando o aumento do número de defensores públicos e de mais infra-estrutura para o atendimento jurídico à população carente

"Os participantes dos encontros regionais trabalharam intensamente. Tanto que tivemos a difícil tarefa de selecionar apenas 20 para a plenária final. Este grupo de trabalho é um dos que têm maior número de propostas e participantes com os interesses mais díspares", afirmou o professor Virgílio de Mattos, especialista em criminologia e responsável pela condução do grupo.

Diante da dificuldade de escolha, pouco depois das 17 horas, os trabalhos foram suspensos para que os participantes apontassem as prioridades e possibilidade de fusões de iniciativas semelhantes. No fim, as propostas 3, 8, 9, 17, 20, 39, 47, 48 e 53 foram aprovadas sem fusão.

Entre as propostas aprovadas estão as seguintes:

* Articulação e construção, pelo Estado, de Associações de Proteção e Assistência ao Condenado em Belo Horizonte, buscando uma gestão integrada dessa política para a Região Metropolitana e para todo o Estado;

* Efetivação do controle social, através de conselhos de direitos humanos, para garantia de orçamento que possibilite a realização das diversas políticas efetivas e específicas de cada segmento, garantindo os meios jurídicos de acesso à justiça, a segurança pública e no combate à violência, já presente na Constituição Federal e nas diversas normas legais estabelecidas para cada segmento;

* Instituição, nas comissões que serão constituídas no âmbitos da Federação, do Estado e dos Municípios, de mecanismos de cooperação para integrar as ações operacionais das Polícias Militar e Civil, gerando mais transparência nessas ações e mais eficiência na segurança pública;

* Aumento do número de profissionais de áreas afins para trabalhar com a temática da violência, segurança pública e acesso à justiça em todo o Estado.

 

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