Escolas de legislativos querem criar uma rede de
intercâmbio
Criar uma rede das escolas de legislativos
municipais de Minas Gerais, para estimular a criação desse tipo de
instituição em todas as regiões do Estado. Esse foi o principal
resultado do 1° Encontro com as Escolas de Legislativos Municipais
Mineiros, encerrado nesta terça-feira (9/9/08), na Escola do
Legislativo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O encontro,
organizado em parceria com o Centro de Apoio às Câmaras (Ceac) da
ALMG, contou com a presença de representantes de 13 câmaras
municipais.
Para estabelecer o funcionamento da rede, foi
criado um grupo de discussão pela internet com todos os
participantes. De acordo com o gerente-geral da Escola do
Legislativo da ALMG, Alaôr Messias Marques Júnior, a rede terá o
objetivo de trocar informações, experiências, estimular parcerias e
ações conjuntas entre as instituições espalhadas pelo Estado. Por
ela, serão disponibilizados, por exemplo, projetos executados por
cada uma, sugestões de estatutos e regimentos, que possam contribuir
para a implementação de escolas em municípios que ainda não contam
com essas instituições. "Nossa idéia é ter pelo menos uma escola em
cada região do Estado", afirma Alaôr Marques.
Uma das propostas para ser implementada pela rede é
a ampliação do projeto Parlamento Jovem para o interior. O programa
consiste em trazer jovens estudantes para dentro do parlamento para
discutirem propostas que possam ser transformadas em ações
legislativas ou projetos de lei.
Ele explica que em Minas são encontradas situações
muito diferentes em cada município. Alguns contam com escolas bem
estruturadas, outros executam programas próprios dessas
instituições, mas por meio de outros departamentos, e em muitos não
há qualquer infra-estrutura voltada para esse objetivo.
Reflexões - No último dia
do encontro, os representantes participaram de duas oficinas: uma
sobre capacitação interna, voltada para vereadores e servidores, e a
outra sobre educação para a cidadania. Os participantes se dividiram
em grupos e, a partir de um roteiro, discutiram todos os aspectos
básicos que precisam ser considerados para a implementação de
projetos sobre os temas propostos.
Segundo Alaôr Marques, nesses debates cada
integrante contou as próprias experiências e colocou as dúvidas que
ainda tinham para desenvolver esses programas. A partir dessas
reflexões, eles construíram roteiros próprios que levarão para seus
municípios. "As realidades de cada cidade são muito distintas, por
isso não temos uma receita única. É preciso que cada um adapte as
sugestões às suas necessidades ou possibilidades", ensinou. Ele
lembra que essas ações serão muito importantes para as câmaras, que
vão receber novos vereadores no início do ano que vem.
|