Conferência de Direitos Humanos deve ter público recorde

"Democracia, desenvolvimento e direitos humanos: Superando as desigualdades". Este é o tema da 3ª Conferência Estadua...

04/09/2008 - 00:02
 

Conferência de Direitos Humanos deve ter público recorde

"Democracia, desenvolvimento e direitos humanos: Superando as desigualdades". Este é o tema da 3ª Conferência Estadual dos Direitos Humanos, nos dias 11 e 12 de setembro, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Promovido pelo Legislativo mineiro, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e pelo Conselho Estadual dos Direitos Humanos (Conedh-MG), o evento conta com a participação de mais 54 entidades, entre organizações da sociedade civil e instituições governamentais.

"Acredito que a conferência será a maior da história de Minas Gerais sobre o tema", afirma o deputado João Leite (PSDB), membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos. A procura pelo evento confirma a expectativa positiva do parlamentar. Gratuitas, todas as 600 vagas disponíveis para participação na conferência (em função da limitação do espaço físico) foram preenchidas dois dias antes do prazo previsto para o encerramento, dia 3 de setembro. "Direitos humanos é o novo nome da democracia. Não se tem democracia sem garantir condições fundamentais de vida a todos da sociedade", alerta o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos.

O deputado lembra que a conferência será realizada em um ano especial, em que se comemoram os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, os 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, os 20 anos da Constituição "cidadã", que consagrou os direitos humanos como pilar do Estado democrático de direito, e os 160 anos do Manifesto da Internacional Socialista. "A revisão do plano estadual vai traduzir em políticas públicas as bandeiras de direitos humanos. Vamos ter o maior número de entidades e delegados de todas as conferências, em todas as áreas já realizadas: sinal de que direitos humanos é uma bandeira popular", afirma Durval.

Preparação para evento incluiu realização de encontros regionais

O evento é preparatório para a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, que será realizada em Brasília entre os dias 15 e 18 de dezembro. Os objetivos são a revisão e atualização dos Programas Mineiro e Nacional dos Direitos Humanos; a ampliação da participação de agentes sociais no debate; e o fortalecimento do pacto federativo em relação à responsabilidade de todas as esferas do poder público sobre a garantia dos direitos humanos no Brasil.

Desde o final de junho, a comissão organizadora do evento, que reúne representantes da sociedade civil organizada e do poder público, realizou, na ALMG, reuniões preparatórias para a conferência. Entre as atividades que antecederam a conferência, o destaque foram os encontros regionais realizados em dez cidades mineiras. Na maior parte dos municípios, uma média de 150 pessoas discutiram pontos e aprovaram propostas relativas aos eixos temáticos do evento estadual. "Isso mostra que estamos realizando um encontro representativo das bases. Esse chamado à sociedade de Minas Gerais é algo forte, que denota a importância da Conferência de Direitos Humanos", reforça Durval Ângelo.

Os encontros foram realizados em: Varginha (Sul de Minas), Juiz de Fora (Zona da Mata), Uberlândia (Triângulo), Ipatinga (Vale do Aço), Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte), Montes Claros (Norte), Paracatu (Noroeste), Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), Pains (Centro-Oeste) e Belo Horizonte.

Eixos temáticos - A comissão organizadora também finalizou os trabalhos desenvolvidos pelos grupos temáticos, que discutiram e apresentaram propostas que servirão de base para a discussão nas sete comissões técnicas interinstitucionais (CTIs) durante a conferência. O programa do evento prevê debates em torno de sete eixos temáticos: universalizar direitos em um contexto de desigualdades; violência, segurança pública e acesso à justiça; pacto federativo e responsabilidades dos três Poderes, do Ministério Público e da Defensoria Pública; educação e cultura em direitos humanos; interação democrática entre Estado e sociedade civil; desenvolvimento e direitos humanos; e direito à verdade e à memória.

 

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