Comemoração do centenário de imigração japonesa lota o Plenário

Japoneses que migraram para o Brasil e seus descendentes, chamados nikkei, lotaram o Plenário da Assembléia Legislati...

22/08/2008 - 00:01
 

Comemoração do centenário de imigração japonesa lota o Plenário

Japoneses que migraram para o Brasil e seus descendentes, chamados nikkei, lotaram o Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais na noite desta quinta-feira (21/8/08), durante a comemoração de um século da imigração nipônica. "Apesar da distância entre os dois países e das grandes diferenças culturais, Brasil e Japão construíram uma rara e sólida amizade", disse o presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), na solenidade.

As comemorações se iniciaram com o plantio de uma cerejeira nos jardins da Assembléia. O presidente Alberto Pinto Coelho e o cônsul-geral do Japão, Masahiro Fukukawa, empunharam pás enfeitadas com as cores de cada país. Em seguida, no Salão Nobre, o presidente condecorou o cônsul com a Medalha do Mérito Legislativo, no grau Mérito Especial. "Estou tendo êxito em fortalecer os alicerces da amizade entre o Japão e Minas Gerais pelos próximos cem anos", disse Fukukawa, em agradecimento.

No Plenário discursaram os dois autores do requerimento da homenagem, a deputada Cecília Ferramenta (PT) e o deputado Chico Uejo (PSB). Cecília lembrou que a Usiminas, instalada em Ipatinga, foi o primeiro grande investimento japonês fora do país depois da Segunda Guerra Mundial, e criou uma atmosfera receptiva para outros empreendimentos que consolidaram as relações comerciais daquele país com Minas Gerais. Anunciou também sua iniciativa de um projeto de lei estabelecendo o dia 18 de junho como o Dia da Cultura Japonesa em Minas Gerais.

Chico Uejo, por sua vez, lembrou que é sansei, ou seja, neto de imigrantes japoneses, e informou que seu pai, o médico Paulo Uejo, foi o primeiro descendente de japoneses a tornar-se prefeito em Minas. Falou sobre a honrosa visita do príncipe Naruhito a Minas Gerais e sobre sua expectativa de que a visita possa unir as 16 colônias em programações conjuntas que preservem a cultura japonesa no Estado.

Rinaldo Campos Soares, que foi dirigente da Usiminas desde 1967 até recentemente, ocupa o cargo de cônsul honorário do Japão em Minas. Disse que a Usiminas e a Cenibra são símbolos da prosperidade do Vale do Aço e elogiou também o projeto de ocupação agrícola do cerrado, que desenvolveu em São Gotardo a maior colônia nipo-brasileira de Minas. Mencionou o jardim japonês criado no Zoológico de Belo Horizonte e antecipou a construção de um monumento de 400 m2 de área na Pampulha, que vai lembrar o centenário da imigração.

Já o deputado Vanderlei Miranda (PMDB), que presidia a solenidade, lembrou a saga dos primeiros japoneses que enfrentaram uma viagem difícil e seus primeiros tempos no Brasil, para alcançar atualmente "os maravilhosos resultados de uma grande aventura em conjunto". Falou sobre a presença do capital japonês em outros empreendimentos, como a Vallourec e a CBMM, e revelou que a província japonesa de Yamanashi, onde se localiza o Monte Fuji, é considerada província irmã de Minas Gerais.

O evento teve apresentação de um grupo feminino de dança e de tambores rítmicos chamados taiko, trazidos pelos alunos do Colégio Dimensão, de São Gotardo. Receberam placas comemorativas do evento os representantes das colônias nipo-brasileiras de São Gotardo, Patrocínio, Carandaí, Paracatu, Carmense, Poços de Caldas, Sul de Minas, Mantiqueira, Janaúba, Pirapora, Ipatinga, Uberaba, Araguari, Araxá, Uberlândia e a Associação Mineira de Cultura Nipo-Brasileira.

Compuseram a mesa, além dos já citados, o deputado federal Luiz Fernando Faria; o comandante da 4ª Região Militar, general José Márcio Faccioli; o prefeito de São Gotardo, Paulo Uejo; o reitor da Universidade de Viçosa, Carlos Sigueyuki Sediyama; e o cônsul do Reino do Marrocos, José Alcino Bicalho.

 

 

 

 

 

 

 

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