Deputados discutem alterações no projeto que cria o Bolsa Verde

Durante a Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (...

06/08/2008 - 00:01
 

Deputados discutem alterações no projeto que cria o Bolsa Verde

Durante a Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (6/8/08), os deputados iniciaram a discussão, em 2º turno, do Projeto de Lei (PL) 952/07, do deputado Roberto Carvalho (PT). Na reunião, foi feita a leitura do parecer sobre o projeto pelo relator, deputado Inácio Franco (PV). Ele foi designado em Plenário, já que a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais perdeu prazo para sua análise. O projeto dispõe sobre a Bolsa Verde, o Programa de Identificação, Catalogação e Preservação de Nascente de Água no Estado de Minas Gerais. O parecer foi pela aprovação do projeto, na forma do substitutivo nº 1 ao vencido (aprovado) em 1º turno. O PL 952 continua em discussão na reunião das 14 horas.

O Plenário aprovou ainda indicação de seis nomes para comporem o Conselho Estadual de Educação e o Projeto de Resolução (PRE) 2.211/08, da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, que aprova alienação de 13 glebas de terra devolutas no Norte de Minas.

O PL 952/07, com a redação do vencido em 1º turno, concede incentivo financeiro na forma de pagamentos aos produtores rurais por serviços ambientais relacionados à proteção de áreas de recarga hídrica e de áreas necessárias à proteção da biodiversidade. Para isso, estabelece diretrizes para a definição de regiões e públicos prioritários, além de forma alternativa de pagamento. Propõe, ainda, a alteração das Leis 14.309 de 2002 (Lei Florestal) e 13.199, de 1999 (Lei das Águas), com o fim de inserir nesses textos a autorização para o pagamento.

Em seu relatório, o deputado Inácio Franco lembra que diversas entidades da sociedade civil e do governo enviaram sugestões para mudanças no texto aprovado em 1º turno. Entre elas, cita o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg) e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg). O relator apresentou, então, o substitutivo nº 1, para incorporar as sugestões, citando entre elas: a eliminação da expressão "reserva legal" nos artigos 1º e 8º, já que é explícita a referência às áreas necessárias à proteção da biodiversidade; e a inclusão do parágrafo único do artigo 1º, que define a bacia hidrográfica como unidade físico-territorial de planejamento e gerenciamento para a concessão da Bolsa Verde, simplificando a redação do art. 3º e criando uma relação entre a inovação proposta pelo projeto e a política estadual de gerenciamento de recursos hídricos.

Quanto à priorização de público beneficiário da Bolsa Verde, estabelecida no artigo 3º do PL, o relator acatou parte das sugestões da Faemg e da Fetaemg, para incluir aqueles que produzem em pequenas áreas e que não são caracterizados como agricultores familiares, caso de milhares de cafeicultores, mantendo, contudo, o agricultor familiar como primeira prioridade. Ainda nesse artigo, foi mantida a perspectiva de inclusão progressiva de todos os produtores do Estado, sem, no entanto, definir um cronograma rígido de atendimento. Foi mantida ainda a possibilidade de emissão e utilização de títulos da divida ativa do Estado como forma de pagamento.

Sobre as fontes de recursos para a Bolsa Verde, como há grande sobreposição de objetivos com os do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro), o relator propôs a vinculação de parte dos recursos do Fundo.

Os deputados Antônio Júlio (PMDB), Domingos Sávio (PSDB), Roberto Carvalho (PT) e Almir Paraca (PT) discutiram o projeto. O primeiro manifestou preocupação de que a norma não surta efeito, já que precisará de uma regulamentação posterior. Os demais lembraram o amplo debate feito durante a tramitação em 1º turno, incluindo a realização de um seminário, bem como o fato de o projeto estar sendo modelo para outros estados, como Amazonas.

Conselho de Educação - Os deputados aprovaram os nomes de Terezinha Marlene Porto, Maria Dolores da Cunha Pinto, Márcio Luiz Bunte de Carvalho, João Victor Mendes de Gomes e Mendonça, Oderli Aguiar e Sílvia Nietsche para comporem o Conselho Estadual de Educação. E aprovaram, ainda, em 2º turno, o PRE 2.211/08, da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, que aprova a alienação de 13 glebas de terras devolutas situadas nos municípios de Montezuma, Indaiabira, Rio Pardo de Minas e Santo Antônio do Retiro. Os terrenos têm área entre 100 e 250 hectares. A preferência da compra será dos legítimos posseiros, que deverão pagar preços de mercado pelos lotes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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