Projeto do pequizeiro está pronto para votação em 2º turno

O Projeto de Lei (PL) 725/07, do deputado Doutor Viana (DEM), que muda a lei que declara o pequizeiro espécie de pres...

16/07/2008 - 00:01
 

Projeto do pequizeiro está pronto para votação em 2º turno

O Projeto de Lei (PL) 725/07, do deputado Doutor Viana (DEM), que muda a lei que declara o pequizeiro espécie de preservação permanente, recebeu parecer de 2º turno da Comissão de Meio Ambiente de Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais na manhã desta quarta-feira (15/7/08). A comissão opinou pela aprovação do projeto na forma de um novo substitutivo que apresentou ao vencido (aprovado) no 1º turno. O relator foi o deputado Almir Paraca (PT). O PL 725/07 já está na pauta da Reunião Ordinária de Plenário desta quarta (15). A lei que trata do pequizeiro, ou Caryocar brasiliense, é a 10.883, de 1992, que o declara de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte no Estado.

O deputado Almir Paraca afirmou que o novo substitutivo apresentado resulta do esforço que teve para analisar com cautela o projeto, que envolve diferentes interesses (social, ambiental e econômico). O objetivo, destacou o relator, foi buscar um entendimento entre os segmentos envolvidos sem prejudicar o desenvolvimento das regiões do Estado onde a árvore tem grande incidência. "Nosso objetivo não foi privilegiar nenhum empreendimento específico, mas sim cobrir todas as situações relativas ao assunto", disse.

De acordo com o substitutivo proposto, o abate do pequizeiro é admitido apenas quando necessário à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social, mediante prévia autorização do poder público. A novidade em relação ao texto da atual lei é o compromisso formal, que passará a ser exigido, entre o empreendedor e o órgão ambiental competente do plantio de 25 mudas catalogadas e identificadas da mesma espécie, para cada árvore a ser abatida.

Ainda de acordo com o substitutivo, caberá aos responsáveis pelo abate do pequizeiro, com o acompanhamento de profissional legalmente habilitado, o plantio das mudas e o monitoramento do seu desenvolvimento por um prazo mínimo de cinco anos, sem prejuízo do replantio das mudas que não se desenvolverem e da garantia de acesso da comunidade local aos frutos produzidos pelas árvores plantadas. O plantio será efetuado no território do município onde se localiza o empreendimento, em sistemas de enriquecimento florestal. No município onde houver Conselho Municipal de Meio Ambiente, o abate de pequizeiros em área urbana ou distrito industrial legalmente constituído poderá ser autorizado por esse órgão, observado esse dispositivo.

No parecer, o relator explica que, na análise do projeto no 1º turno, a comissão não viu razão para flexibilizar a lei do pequizeiro. Mas no reexame da matéria, forçado pela apresentação de emendas ao projeto em Plenário em 1º turno, ele considerou que a restrição da lei pode ser exagerada, em virtude do desenvolvimento de tecnologia específica - desconhecida à época da edição dessa norma - que permite a produção de mudas e o plantio do pequi, o que poderá assegurar sua sobrevivência e reprodução no cerrado. O substitutivo, portanto, é uma proposta para harmonizar os projetos de uso sustentável das terras do semi-árido mineiro e a preservação do pequizeiro, de acordo com o parecer da Comissão de Meio Ambiente.

Requerimentos aprovados

Na reunião, a comissão aprovou requerimento do deputado Carlin Moura (PCdoB), de audiência pública para debater suspeita de irregularidade na venda do terreno da Codemig onde se pretende instalar o Distrito Industrial de Ribeirão das Neves. O deputado também quer informação sobre o processo de licenciamento para instalação da obra.

Outro requerimento aprovado, dos deputados Fábio Avelar (PSC) e Sávio Souza Cruz (PMDB), pede a realização de audiência pública na cidade de Caldas. O objetivo é averiguar denúncias de extermínio de animais domésticos na cidade.

Presenças - Deputados Fábio Avelar (PSC), vice-presidente; Almir Paraca (PT), Inácio Franco (PV) e Wander Borges (PSB).

 

 

 

 

 

 

 

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