Assembléia verifica queixas contra INSS em Pouso Alegre

O maior rigor em perícias médicas realizadas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) está gerando reclamações...

04/07/2008 - 00:01
 

Assembléia verifica queixas contra INSS em Pouso Alegre

O maior rigor em perícias médicas realizadas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) está gerando reclamações da população mineira. Em maio, o tema já foi discutido pela Comissão de Direitos Humanos em reunião realizada na sede da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Nesta quinta-feira (10/7/08), às 9 horas, a mesma comissão vai a Pouso Alegre (Sul de Minas) para ouvir os moradores e autoridades sobre o assunto. O evento acontecerá no Teatro Municipal de Pouso Alegre, na Avenida Dr. Lisboa, 205, Centro.

Autor do requerimento, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) disse ter recebido vários apelos de moradores do Sul de Minas, que contestam avaliações feitas pelos peritos do INSS e se dizem injustiçados. Na audiência realizada em maio, o vice-presidente da Associação dos Médicos Peritos da Previdência Social em Minas Gerais, Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida, admitiu que o rigor nas perícias cresceu. Isso aconteceu, segundo ele, após uma reformulação do INSS iniciada em 2003, com a contratação de médicos peritos concursados no lugar de profissionais terceirizados. Para Almeida, isso aumentou o profissionalismo dos procedimentos, mas também os conflitos nos postos de atendimento, pois muitos segurados deixaram de ter seus benefícios concedidos.

Sílvio Carlos de Almeida Tostes, chefe do gerenciamento de Benefícios de Juiz de Fora, explicou que o que determina a aposentadoria por invalidez não é a doença, e sim a incapacidade para o trabalho. "Por exemplo, um trabalhador rural com hérnia de disco deve se aposentar por invalidez, mas a mesma doença em um bancário não dá a ele esse direito", disse. Ele também esclareceu, durante a audiência, que não é necessário tempo mínimo de afastamento para solicitação de aposentadoria por invalidez. Ele salientou que os trabalhadores que se sentirem maltratados por peritos devem fazer reclamações aos chefes de agências, gerentes-executivos e denunciar os casos à Ouvidoria da Previdência, pelo telefone 135.

Estão convidados a debater o tema, nesta quinta-feira, o prefeito de Pouso Alegre, Jair Siqueira; o diretor da Secretaria-Geral da Justiça Federal, Robson Pereira Pequeno; o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Hermann Alexandre V. Von Tiesenhausen; a gerente da agência do INSS de Pouso Alegre, Nilda Gonçalves Enéas; o diretor da Associação dos Aposentados por Invalidez do Estado de Minas Gerais, Jorge Antônio dos Santos; presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Pouso Alegre, Lair Ferreira de Freitas; e os advogados Rodrigo Otávio de Oliveira Modesto e Francisco Rafael Gonçalves.

 

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