Plenário recebe projeto que amplia parcerias público-privadas

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na tarde desta terça-feira (24/6/08), mensagem do gover...

24/06/2008 - 00:02
 

Plenário recebe projeto que amplia parcerias público-privadas

O Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na tarde desta terça-feira (24/6/08), mensagem do governador encaminhando o Projeto de Lei (PL) 2.547/08, que revoga a Lei 12.276, de 1996, e define diretrizes para a formalização de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada. Pela justificativa, a proposição visa se adequar à Lei Federal 11.079, de 2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada, e ampliar a Lei Estadual 14.868, de 2003, que trata do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

O novo projeto autoriza o Poder Executivo a estabelecer parceria com empresas com o objetivo de realizar empreendimento para o desenvolvimento econômico. Destaca como setores especiais: rodovias, hidrovias, aeroportos, portos fluviais e lacustres, pontes, viadutos, armazéns, silos, ramais ferroviários e complexos habitacionais de interesse social. O projeto será encaminhado para as Comissões de Constituição e Justiça, de Fiscalização Financeira e Orçamentária e de Administração Pública.

Durante a reunião foi deferido requerimento, do deputado Durval Ângelo (PT), solicitando a realização de Reunião Especial em homenagem aos 45 anos da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas, e aprovados os requerimentos de número 2.614 a 2.622/08. A Presidência também deu por encerrada a discussão, em 1º turno, dos Projetos de Lei 1.479/07 e 2.028/08 e, em 2º turno, dos PLs 1.397 e 1.420/07 e 2.133/08. No decorrer da discussão, foi apresentando ao PL 1.397/07 o substitutivo nº 1, do deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), que, por conter matéria nova, vem acompanhado de Acordo de Líderes e será votado independentemente de parecer.

A Mesa também recebeu a Mensagem 232/08, do governador, encaminhando processos rurais de terras devolutas a serem alienadas ou concedidas pelo Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais (Iter). A Assembléia recebeu, ainda, ofício do presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Elmo Braz Soares, explicando que já estão sendo apuradas, inclusive pela Polícia Federal, denúncias de fraudes no tribunal que vêm sendo publicadas pela imprensa.

Deputados pedem que governo reveja desalojamento de ONG

O deputado Almir Paraca (PT) ocupou a tribuna do Plenário para protestar contra o fim de um convênio entre o Governo do Estado e a organização não-governamental Circo de Todo Mundo, que há 15 anos desenvolve atividades de recreação e desenvolvimento de habilidades múltiplas para crianças e adolescentes pobres. A entidade atua dentro de instalações que pertenciam à antiga Febem, no bairro do Horto, e mantém parcerias com empresas e organismos brasileiros e internacionais como Petrobras, Consulado da Itália e a Unesco - Organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura.

Segundo o parlamentar, o convênio está prestes a terminar e o governador Aécio Neves anunciou que a instituição será desalojada para que, no local, seja implementado o Centro de Juventude. Paraca considerou que o centro é também importante, mas afirmou que o Circo de Todo Mundo ocupa menos de 20% da área, o que não impediria o novo projeto. "É possível conciliar as duas atividades", disse ele, ao pedir a solidariedade de todos os deputados.

Em aparte, o deputado João Leite (PSDB) se disse surpreendido com a notícia e lamentou a decisão. Ele lembrou que o convênio com a ONG foi feita por ele, quando era secretário estadual, e que a área tinha sido definida para abrigar um centro olímpico para estimular o esporte entre crianças e adolescentes, previsto no Plano Pluarianual de Ação Governamental (PPAG). "Espero que o governo reveja sua posição", disse.

Pedido de desculpas - Já o deputado Getúlio Neiva (PMDB) fez discurso lamentando a inclusão de Teófilo Otoni, sua terra natal, entre os 114 municípios acusados de desviar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele isentou de culpa a prefeita, Maria José Haueisen, e responsabilizou assessores e secretários de fora da cidade, nomeados por ela para a administração.

"Venho de público pedir desculpas a Minas Gerais e esclarecer que não foi gente de nossa terra (quem participou dos desvios)", declarou o deputado.

 

 

 

 

 

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