Audiência vai receber músicos da OSMG que não foram para Oscip

Os músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) que não migraram para o Instituto Cultural Orquestra Sinfôni...

18/06/2008 - 00:01
 

Audiência vai receber músicos da OSMG que não foram para Oscip

Os músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) que não migraram para o Instituto Cultural Orquestra Sinfônica (Icos) estão entre os convidados da audiência pública desta quinta-feira (19/6/08) da Comissão de Participação Popular, às 16 horas, no Auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O autor do requerimento é o deputado Carlin Moura (PCdoB), que pretende debater o caso.

O Icos é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) criada para gerenciar a OSMG. Em junho de 2006, o governo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e da Fundação Clóvis Salgado, realizou um termo de parceria com o instituto e os músicos, até então servidores estatutários do Estado. Eles deveriam celebrar um contrato de trabalho com base na CLT, ou seja, deixando de ser servidores públicos efetivos, cargo conquistado por meio de concurso público. A orquestra passou a ser chamada de Osemg.

Um grupo de músicos reunido na Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica (Amos-MG) não concordou com a proposta. Depois de dois anos de negociações, eles recorreram à ação judicial e conseguiram permanecer como funcionários públicos, além de assegurar a continuidade do funcionamento da OSMG. Com isso, hoje, Minas Gerais tem duas orquestras sinfônicas em conflito.

De acordo com dados da assessoria de Carlin Moura, foi constituído um Comitê de Apoio à OSMG, formado por músicos, parlamentares, sindicatos, intelectuais e pessoas ligadas à área cultural. "Muito músicos dizem que sofreram pressão para aderirem, mas decidiram não migrar para a nova orquestra, gerenciada pela Oscip, a qual o governo deu um nome semelhante, Osemg, apesar de decisão judicial contrária", informa a assessoria.

Em reportagem da revista Fórum, o presidente da Amos-MG, José Maria Lages Duarte, classifica a ação do governo como privatização selvagem contra um patrimônio público. "É uma grande incoerência. Há anos reivindicamos investimentos na orquestra pública. De repente, prometem R$ 12 milhões para serem investidos em uma Oscip. Nunca gastaram com a gente o que estão gastando com a tal nova orquestra", reclama o violoncelista.

Foram convidados para a audiência pública a secretária estadual de Cultura, Eleonora Santa Rosa; a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Lúcia Maria Gluck Camargo; o promotor de Justiça da Promotoria do Patrimônio do Ministério Público de Minas Gerais, Leonardo Barbabella; o advogado Heder Lafetá Martins; o maestro Carlos Eduardo Prates e o músico e presidente da Amos-MG, José Maria Lages Duarte.

 

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