Grupo 1 prioriza 20 propostas para a plenária final do Minas de Minas

O grupo 1 do Seminário Legislativo Minas de Minas discutiu 48 propostas ligadas aos temas "Sistema federativo e a leg...

11/06/2008 - 00:02
 

Grupo 1 prioriza 20 propostas para a plenária final do Minas de Minas

O grupo 1 do Seminário Legislativo Minas de Minas discutiu 48 propostas ligadas aos temas "Sistema federativo e a legislação sobre mineração; política tributária e royalties", na noite desta terça-feira (10/6/08), em reunião coordenada por Priscila Ramos Netto Viana, assessora da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Quatro delegados se candidataram ao papel de relator do grupo. Num resultado apertado, foi eleito José Francisco, da Anist, com 22 votos. Josiane Seabra, da Amig, que havia recebido 20 votos, contribuiu com seus conhecimentos jurídicos para advogar a supressão de inúmeras propostas que não se enquadravam na legislação.

Priscila Viana leu as propostas, e quase todas foram destacadas pelos participantes, o que fez com que a reunião se alongasse por quatro horas. Três grupos distintos, com posições adversárias, destacaram-se entre os participantes: os pequenos mineradores, representantes dos grandes e médios e membros do Sindicato Metabase, de Itabira. Com a saída dos metalúrgicos, por volta das 20 horas, ficou mais claro o confronto de interesses entre os dois grupos restantes.

Ao final da reunião restavam apenas 23 propostas, o que facilitou o trabalho da coordenação para a priorização de 20. Por sugestão da assessoria da ALMG, as três mais polêmicas, decididas por estreita margem de votos, foram eliminadas para se chegar ao número de 20 determinadas pelo regulamento. Foram elas as propostas 7, 18 e 31. Várias das propostas aprovadas tinham itens que eram aglutinações de propostas análogas que a assessoria do seminário consolidou.

Ficaram priorizadas as propostas 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 26, 27, 31, 33, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 47 e 48, e uma nova proposta, apresentada na reunião, para a criação de caução para os empreendedores mineradores como garantia de recuperação das áreas após o fechamento das minas. Havia uma disputa se essa proposta deveria abranger os pequenos mineradores ou somente os médios e grandes. Outro questionamento foi de que essa proposta não pertenceria a esse grupo de trabalho.

Os participantes, em sua maioria, querem, entre outros pleitos:

- a elevação das alíquotas da Cfem e sua redistribuição;

- impedir que as mineradoras façam doações para campanhas eleitorais;

- elevar as penalidades por descumprimento da legislação trabalhista;

- encurtar os prazos para indenização de atingidos por rompimentos de barragens;

- acesso das administrações municipais a processos de concessão de direito minerário;

- desoneração tributária para as fundições;

- redução do imposto de importação sobre gemas brutas;

- unificação da alíquota do ICMS de 3% sobre gemas e diamantes;

- criação de mecanismos fiscais e tributários para lançamento dos passivos socioambientais das mineradoras na conta de ativos não-liquidáveis.

 

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