Reajuste dos servidores do MP tem parecer favorável na FFO

O Projeto de Lei (PL) 1.979/08, de autoria da Procuradoria-Geral de Justiça, que altera a tabela de vencimentos dos s...

11/06/2008 - 00:02
 

Reajuste dos servidores do MP tem parecer favorável na FFO

O Projeto de Lei (PL) 1.979/08, de autoria da Procuradoria-Geral de Justiça, que altera a tabela de vencimentos dos servidores do Ministério Público do Estado, teve parecer de 1o turno favorável aprovado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na reunião desta quarta-feira (11/6/08). O relator da matéria, deputado Zé Maia (PSDB), presidente da comissão, opinou pela aprovação do projeto, na forma do substitutivo no 1 da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que incorpora o texto original e uma proposta de substitutivo encaminhada pelo Ministério Público

O projeto determina reajuste médio de 15,14% aos servidores do órgão a partir de 1º de janeiro de 2008; a instituição da adoção de multiplicadores diferenciados para cada nível da carreira, de forma a garantir mecanismos de produtividade e estímulo aos servidores; a alteração da denominação do cargo Técnico do MP para Analista do MP; e o direito à opção, no caso do servidor efetivo, de ocupar cargo em comissão recebendo o vencimento do cargo acrescido de 20%.

Durante a tramitação do projeto na Assembléia, o Ministério Público apresentou um substitutivo, que sugeriu ainda alterações da jornada de trabalho dos servidores de 40 para 35 horas semanais, mantendo a jornada de 30 horas já existente para os demais servidores; e o estabelecimento de limite de vagas para o desenvolvimento do servidor na carreira, nos termos de resolução do Procurador-Geral de Justiça.

Despesas - De acordo com o parecer, o limite máximo para despesas com pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o MP é de 2%, sendo o limite prudencial 1,9%. Pelo último Relatório de Gestão Fiscal, o órgão gasta 1,66% com pessoal, estando portanto, dentro dos limites estabelecidos na norma. O órgão, em seu relatório declara, então, que existem recursos financeiros suficientes para arcar com as despesas que serão acrescidas com a aprovação do projeto, sem que haja comprometimento da execução de outras atividades em andamento. O projeto, agora, será encaminhado ao Plenário para apreciação em 1o turno.

Contas do TCMG em 2007 tem parecer pela aprovação

As contas do Tribunal de Contas (TCMG) relativas ao exercício de 2007 tiveram parecer de turno único favorável aprovado na comissão. O deputado Zé Maia, relator do Ofício do Tribunal de Contas 15/08, do TCMG, que encaminha das contas, opinou pela aprovação na forma de Projeto de Resolução apresentado.

De acordo com o parecer, para o desempenho de suas atividades em 2007, o Tribunal de Contas teve uma despesa autorizada de R$ 265,4 milhões. Desse total, R$259,4 milhões foram realizados no período, sendo, R$ 232 milhões (89,4%) destinados a gastos com pessoal, R$ 26,8 milhões (10,3%) para outros custeios e R$ 612 mil (0,3%) para investimentos. Dos gastos com pessoal, R$ 66,2 milhões (28,5%) são referentes a despesas com aposentadorias, reformas e pensões, R$ 142,1 milhões (61,3%) correspondem a gastos com vencimentos e outras despesas variáveis de pessoal civil, e R$ 23,7 milhões (10,2%) referentes a obrigações patronais e despesas de exercícios anteriores.

Gastos com pessoal - O relator chamou atenção em seu parecer para o fato de o TCMG ter adotado os critérios da Instrução Normativa 5/01, que excluem as despesas com inativos para o cálculo das despesas com pessoal, assim como nos anos anteriores. "A instrução normativa está em desacordo com a Portaria 470, de 2004, da Secretaria do Tesouro Nacional, que contém instruções para a elaboração do Relatório de Gestão Fiscal, inclusive para o demonstrativo das despesas com pessoal, aplicável à União, aos Estados e ao Distrito Federal", concluiu o relator. Ainda conforme o parecer, o gasto foi de R$ 154,1 milhões, que representou 0,648% da Receita Corrente Líquida do Estado, abaixo dos limites estabelecidos (limite máximo 0,7728% e limite prudencial 0,7342%). Se fossem incluídas as despesas com inativos e pensionistas, o percentual passaria a ser de 0,7615%.

Dos gastos com custeio, R$ 20,3 milhões (76% do total) são destinados ao pagamento de serviços de terceiros, pessoa física e pessoa jurídica, e para a locação de mão-de-obra. O auxílio alimentação representa 14,5% das despesas correntes. Diárias de viagem de pessoal civil correspondem a 5,5%, e os demais gastos (benefícios assistenciais, material de consumo e serviços de consultoria) somam 4%. Os investimentos (despesas de capital) de R$ 602 milhões foram destinados para obras e instalações (40%) e para a aquisição de equipamentos e material permanente (60%).

Consumidor deve ser avisado de cadastro negativo por AR

A comissão também emitiu parecer de 1º turno favorável ao PL 2.141/08, que obriga bancos de dados, cadastros de consumidores e serviços de proteção ao crédito a comunicar, por carta registrada com aviso de recebimento (AR), ao consumidor o lançamento negativo do seu nome em cadastros, fichas e registros. De acordo com o projeto do deputado Délio Malheiros (PV), o lançamento negativo do nome do consumidor somente poderá acontecer cinco dias após a devolução do AR devidamente assinado.

O relator da matéria na FFO, deputado Antônio Júlio (PMDB), opinou pela aprovação do projeto com duas emendas. A primeira, apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça, determina que em caso de descumprimento das determinações, o infrator estará sujeito às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor e não ao pagamento de um salário mínimo, como previa o projeto original. A emenda nº 2 substitui o termo "consumidor" por "recebedor" no artigo 2º. O projeto estabelece que o AR seja assinado pelo consumidor, no entanto, esse tipo de serviço exige a assinatura do recebedor e a sua identificação.

Outra proposição analisada em 1º turno pela comissão foi o PL 1.364/07, do deputado Agostinho Patrús Filho (PV). O projeto obriga os prestadores de serviços de reboque, resgate, guincho e remoção de veículos, executados com guinchos-socorro veiculares, a manterem registro, licenciamento e cadastro junto ao órgão executivo estadual de trânsito para poderem exercer a atividade no âmbito do Estado. A matéria ainda regula a emissão do Cartão de Identificação Cadastral, a ser feita pelo órgão executivo de trânsito do Estado, bem como os requisitos para sua concessão, e cria tabela oficial de preços. O relator, deputado Lafayette de Andrada (PSDB) opinou pela aprovação do projeto na forma original.

Pedido de vista - O PL 2.283/08, do deputado José Henrique (PMDB), que estabelece regras para as fundações e associações estaduais que se enquadrarem no novo Código Civil, teve pedido de vista concedido à deputada Elisa Costa (PT). O relator da matéria, deputado Lafayette de Andrada, opinou pela aprovação da proposição na forma da emenda no 1 ao Substitutivo no 2, apresentado pela Comissão de Administração Pública, e pela rejeição do Substitutivo no 1 da CCJ.

A emenda altera o parágrafo 1o do artigo 1o do substitutivo no 2, ao autorizar a reversão do patrimônio apenas em caso de extinção da associação estruturada no "caput" do projeto. O substitutivo no 1 da CCJ, rejeitado pelo relator, tinha o propósito de distinguir fundações públicas de fundações privadas. O projeto, agora, será apreciado na próxima reunião da comissão.

Outros projetos - O PL 1.269/07, que institui normas gerais aplicáveis aos resíduos sólidos e institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos, teve votação adiada a pedido do deputado Antônio Júlio (PMDB); e o PL 2.139/08, que dispõe sobre a instituição de comissão de transição pelo candidato eleito para o cargo de governador do Estado, teve prazo regimental concedido ao relator da matéria, deputado Lafayette de Andrada (PSDB). Além desses, foram aprovado outros cinco projetos de lei que versam sobre doação ou alienação de imóveis.

Requerimento - Finalmente, foi aprovado requerimento de autoria do deputado Sebastião Helvécio (PDT), que solicita a realização de audiência pública para debater mecanismos de combate a diferenciação no tratamento fiscal concedido por outros Estados a empresários localizados em municípios limítrofes de Minas Gerais. A proposição foi motivada por audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte realizada na cidade de Além Paraíba, na Zona da Mata, na última terça-feira (10).

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Jayro Lessa (DEM), vice-presidente; Antônio Júlio (PMDB); Elisa Costa (PT); Lafayette de Andrada (PSDB); Sebastião Helvécio (PDT); e Weliton Prado (PT).

 

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