Memória e Poder entrevista o sindicalista Clodesmidt
Riani
Nesta semana, o programa Memória e Poder, da TV
Assembléia, traz o depoimento de um dos expoentes do movimento
sindical e político do Brasil: Clodesmidt Riani. Em entrevista de
uma hora de duração, que será exibida neste sábado (7/6/08), às 20
horas, ele conta as histórias ligadas a sua trajetória no movimento
sindical e político brasileiro. O programa será reprisado no domingo
(8), às 15h30; na segunda-feira (9), à meia-noite; na terça-feira
(10), às 21 horas; e na quarta-feira (11), ao meio-dia. Em Belo
Horizonte, a emissora da Assembléia Legislativa de Minas Gerais é
sintonizada no canal 11 da TV a cabo.
Riani começou a se envolver na atividade sindical e
na organização dos trabalhadores na Era Vargas, em Juiz de Fora. Em
1950, foi candidato a vereador pelo Partido Social Progressista
(PSP), mas não se elegeu. Em 1954, voltou a disputar uma eleição
pelo PTB, conquistando a vaga deputado estadual. No pleito seguinte,
em 1958, ficou na suplência, assumindo o cargo de deputado estadual
em 1960. Ainda em 1960, tornou-se vice-presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI). No Congresso, Riani
conseguiu outra vitória: a aprovação de sua proposta para a formação
de um Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), entidade que reuniria
todos os sindicatos brasileiros.
Após o Golpe Militar, em 31/3/1964, Riani tentou,
sem sucesso, organizar uma greve geral em defesa da permanência de
João Goulart na presidência. Em abril, foi preso e teve seu mandado
cassado pela Assembléia Legislativa, acusado de falta de decoro
parlamentar. Enquadrado pela Lei de Segurança Nacional como
subversivo, Riani foi condenado em dezembro de 1965 a 17 anos de
prisão. Em julho de 1966, teve a pena reduzida para dez anos pelo
Superior Tribunal Militar e, dois anos depois, para um ano e dois
meses. Foi, então, libertado e retornou ao trabalho na Companhia
Mineira de Eletricidade.
Biografia - Mineiro de Rio
Casca, mudou-se ainda pequeno com os pais Orlando e Maria Riani para
Juiz de Fora. Aos 14 anos, Riani começou a trabalhar como ajudante
na linha de produção da Companhia de Fiação e Tecelagem Morais
Sarmento e, aos 16 anos, foi admitido como aprendiz de eletricista
na Companhia Mineira de Eletricidade, onde passou por todas as
funções até se aposentar.
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