Café mineiro especial, tipo exportação, será vendido no
Estado
Um café 100% arábica, tipo exportação, produzido no
município de Machado, Sul de Minas, e exportado para Europa, Estados
Unidos e Japão, será oferecido também aos mineiros. A previsão é de
que o produto, desenvolvido com o apoio da Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), seja comercializado no Estado
no segundo semestre deste ano. Foi o que afirmou Baldonedo Arthur
Napoleão, presidente da Epamig, empresa homenageada nesta
quinta-feira (29/5/08), no Plenário da Assembléia Legislativa de
Minas Gerais, pelos 34 anos dedicados à pesquisa agropecuária no
Estado. A solenidade também celebrou o Dia Nacional do Café
(comemorado anualmente no dia 24 de maio).
A Comissão de Política Agropecuária e
Agroindustrial solicitou a homenagem e foi representada pelo seu
presidente, o deputado Vanderlei Jangrossi (PP). Também compuseram a
mesa os deputados Doutor Viana (DEM), que presidiu o evento, e Dalmo
Ribeiro Silva (PSDB), além do secretário de Estado da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana. A Epamig é um dos braços da
secretaria e atua na busca de alternativas tecnológicas para
produzir alimentos com mais qualidade, menor preço e maior
oferta.
Jangrossi salientou o trabalho relevante da Epamig,
voltado para o setor cafeeiro, e abordou a renegociação das dívidas
dos cafeicultores. A dívida nacional dos produtores com o Funcafé,
correspondente aos anos agrícolas 2005/2006 e 2006/2007, soma R$ 1
bilhão. Mesmo com o crescimento das vendas internacionais, a
desvalorização do dólar está diminuindo a rentabilidade da
cafeicultura nacional. "Temos potencial para oferecer cada vez mais
café de qualidade para o país e para o exterior", disse Jangrossi.
"A atuação da Epamig é decisiva, ao oferecer capacitação técnica e
insumos de excelência ao produtor mineiro", salientou Doutor
Viana.
Minas Gerais é responsável por quase 50% da safra
brasileira de café
"A estrada que percorremos é de busca de
resultados. Passamos por dificuldades e estamos, de novo, na rota de
sucesso", disse Gilman Viana, comentando a atuação da Epamig no
setor. A instituição, segundo ele, é rica pelos valores humanos que
tem. Minas é o principal produtor nacional de café do país, sendo
responsável por quase 50% da safra brasileira. O secretário destacou
a importância do setor de produção rural na economia do País. "Somos
parte do sucesso do Brasil e não abrimos mão disso. O mundo já nos
enxerga como grandes", destacou.
Após receber a placa comemorativa, Baldonedo
Napoleão discursou para a platéia que lotou o Plenário. "Para nós,
essa homenagem marca o reconhecimento do trabalho que a Epamig vem
fazendo. Tínhamos uma dívida que somava seis vezes o patrimônio da
empresa. Hoje, essa dívida está zerada. Isso graças ao governo do
Estado e a Gilman Viana, que entendeu a necessidade de nos apoiar",
disse.
Para Baldonedo, além da extração do minério, outra
vocação de Minas Gerais é a produção de alimentos, entre eles, o
café. "No Estado, são 3,5 milhões de pessoas trabalhando no setor,
em mais de 90 mil propriedades distribuídas por 677 dos 853
municípios mineiros", informou. O Sudeste do Brasil responde por
84,32% da produção nacional. Minas destaca-se como o maior Estado
produtor de café, com a previsão de 22,9 milhões de sacas em 2008.
Já a Epamig conta com 1.016 funcionários, sendo 215 pesquisadores.
Destes, 31 estão voltados completamente para estudos sobre o café.
Com sede em Belo Horizonte, a empresa tem sete centros tecnológicos
e 21 fazendas experimentais.
Após os discursos, o saxofonista da Orquestra
Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais, sargento Job Lopes,
apresentou três músicas. Durante todo o dia, o café servido pela
ALMG no Salão de Chá foi substituído por um café selecionado, fruto
das pesquisas desenvolvidas pela Epamig.
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