Comissão vai discutir denúncias de punições na
Cemig
Os deputados da Comissão de Direitos Humanos da
Assembléia Legislativa de Minas Gerais pretendem debater, na tarde
desta terça-feira (20/5/08), denúncias de punição sofrida pelos
trabalhadores da Cemig que participaram de paralisação durante a
negociação de seu último acordo coletivo de trabalho. O requerimento
para o encontro, às 16 horas, no Auditório, partiu do deputado
Durval Ângelo (PT).
O coordenador-geral do Sindieletro, Wilian Vagner
Moreira, informa que 13 trabalhadores sofreram suspensão de 15 dias
e corte de 50% do salário do mês, por se recusarem a trabalhar em
três dias de paralisação. Sete deles, que eram supervisores, ainda
teriam perdido os cargos, sob a alegação de quebra de confiança. A
campanha salarial ocorreu em novembro e dezembro passados. Os
funcionários protestaram contra a retirada de uma gratificação
mensal do Acordo Coletivo de Trabalho.
"Cinco meses depois, a Cemig, de maneira covarde e
truculenta, continua punindo os trabalhadores em função da
participação no movimento de resistência", protesta o coordenador do
Sindieletro. Ele informa que o sindicato acionou a Justiça do
Trabalho, a qual já cancelou as punições a cinco trabalhadores.
"Esta repressão aos movimentos dos trabalhadores tem virado uma
prática na Cemig. A empresa chama o Batalhão de Choque para
acompanhar nossas assembléias e persegue e processa os dirigentes
sindicais", acrescenta.
Foram convidados para o encontro o secretário de
Estado de Desenvolvimento Econômico, Márcio Araújo de Lacerda; o
procuradora de Justiça do Trabalho, Sônia Toledo Gonçalves; o
presidente da Cemig, Djalma Bastos Morais; a chefe do Centro
Regional de Minas Gerais Marta de Freitas; e o coordenador-geral do
Sindieletro, Wilian Vagner Moreira.
|