Segurança Pública questiona decisões da área de saúde da PMMG

Dificuldades enfrentadas pelos militares na obtenção de licenças de saúde e critérios da Junta Central de Saúde (JCS)...

15/05/2008 - 00:05
 

Segurança Pública questiona decisões da área de saúde da PMMG

Dificuldades enfrentadas pelos militares na obtenção de licenças de saúde e critérios da Junta Central de Saúde (JCS) da Polícia Militar de Minas Gerais e do Corpo de Bombeiros Militar, entre outros assuntos, foram discutidos, nesta quinta-feira (15/5/08), pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, com convidados. A reunião foi pedida pelo deputado, através de requerimento aprovado pela Comissão de Saúde em fevereiro deste ano. Foram ouvidos a coronel Maria de Lourdes Faria de Ferraz, presidente da junta, e outros oficiais. Segundo o parlamentar, serão enviados ofícios da ALMG ao Comando da PM com pedidos de informação sobre os casos relatados.

"Não posso conceber que um especialista - psiquiatra, ortopedista ou outro - dê dispensa a um policial e um médico clínico da PM reduza ou anule essa decisão", afirmou Rodrigues. A presidente da Junta respondeu que essa instância é formada por dez oficiais, e todas as decisões são técnicas, científicas e baseadas em perícias referendadas por no mínimo dois peritos. Segundo ela, é possível que a perícia contrarie o atestado: "O médico especialista procurado pelo militar acredita nele e lhe dá o atestado. O perito é diferente: ele tem que avaliar as condições desse policial atuar ou não na corporação", esclareceu.

O deputado também questionou a proibição a militares dispensados temporariamente de participarem de cursos para promoção e denunciou que fichas médicas estariam sendo supervisionadas pelos comandantes. A coronel Maria de Lourdes argumentou que, muitas vezes, a dispensa temporária representa uma situação mais grave. "Uma pessoa que perdeu uma mão, por exemplo, está com essa situação estabilizada. Já um militar que tem problemas sérios com alcoolismo, para ele, é mais difícil participar de um curso", exemplificou. Sobre as denúncias sobre fichas médicas, o coronel Elói, diretor de Saúde da PMMG, e a coronel Maria de Lourdes afirmaram que não tinham conhecimento das irregularidades, mas que as julgavam inconcebíveis.

Foram também mostradas denúncias de que comandantes da Polícia Militar em cidades do interior estariam proibindo comandados seus de saírem da cidade onde atuam; e cassando folgas de militares licenciados por motivo de saúde. O assessor institucional da PMMG, coronel Alexandre Salles, afirmou que esses casos seriam averiguados.

Presenças - Além dos citados na matéria, também participaram da reunião: o coronel PM Tristão (comandante de Ensino Técnico), o tenente coronel Brasil (comandante do Centro de Recrutamento e Seleção), os assessores parlamentares Abelardo Medina, Antônio Campos e Fabiana Brites e o consultor da ALMG, Lincoln Miranda.

 

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