Deputados levam a Anastasia reivindicação de servidores da segurança

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Sargento Rodrigues ...

15/05/2008 - 00:01
 

Deputados levam a Anastasia reivindicação de servidores da segurança

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Sargento Rodrigues (PDT), apresentou ao vice-governador Antônio Augusto Anastasia, nesta quinta-feira (15/5/08), reivindicações dos servidores administrativos da área de segurança do Estado. Sem reajuste salarial há 15 anos, os servidores expuseram à comissão, em abril, as dificuldades da categoria. Na reunião, Rodrigues pediu o empenho do vice-governador para resolver a situação desses funcionários. Ele estava acompanhado dos deputados Délio Malheiros (PV) e Vanderlei Jangrossi (PP). Anastasia ficou de analisar o caso e informar a comissão.

Entre as reivindicações apresentadas, sob a forma de um ofício de Rodrigues, destacam-se: deslocar o quadro dos servidores administrativos da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e do serviço penitenciário para quadros próprios vinculados a cada um desses órgãos; estabelecer planos de carreira adequados à condição peculiar de cada um dos quadros a serem criados; e garantir aumentos e reajustes de remuneração nas mesmas bases em que forem atribuídos aos servidores policiais, bombeiros e penitenciários.

Desde 2000, os aumentos salariais recebidos pelas polícias não alcançaram essas categorias de servidores, que não chegam a 4 mil, entre ativos e inativos, segundo o deputado Sargento Rodrigues. Foram aumentos de 62% em 2000, de 33% em 2004 e de 33% em 2007. Apenas como exemplo, um servidor administrativo do Colégio Tiradentes teve, desde 2004, 10,25% de acréscimo salarial. No mesmo período, o salário mínimo subiu 59,61% e o vencimento do professor da educação básica da PM aumentou 128,43%. "Eles estão esquecidos", enfatiza o parlamentar.

No ofício encaminhado ao vice-governador, Rodrigues cita o caso dos servidores administrativos da Polícia Civil e de seu hospital, do Hospital Militar e do Colégio Tiradentes. "Eles estão com remuneração defasada, sem aumento há vários anos e sem perspectiva adequada de carreira", enfatiza. No caso da Polícia Civil, o deputado informa que há consenso entre a chefia da instituição e os servidores quanto ao enquadramento do pessoal administrativo no quadro da polícia. Hoje, o enquadramento se dá, de forma genérica, na Secretaria de Estado de Defesa Social.

Ele lembra ainda a situação da classe dos assemelhados, civis na PM, que consta da legislação desde a década de 1940 até os anos 1980. Esses servidores pertenciam a quadro próprio dentro da corporação militar em condição funcional simétrica à dos postos e graduações do quadro militar.

Debate na ALMG - Na reunião com os servidores em abril, até mesmo os representantes do governo reconheceram a defasagem salarial e as difíceis condições de trabalho dos servidores. Mas disseram que seria necessário algum tempo para buscar soluções legais e técnicas para o problema. Também na reunião, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), Antônio Marcos Pereira, alertou que, se não houvesse um resultado concreto da audiência com o vice-governador, a categoria iria discutir uma paralisação.

O deputado Paulo Cesar (PDT) disse que o pequeno número de servidores administrativos da segurança tornaria mais viável e urgente o atendimento de suas reivindicações. E o deputado Délio Malheiros (PV) ressaltou, durante o debate, as condições precárias que esses servidores enfrentam em delegacias e estabelecimentos prisionais sucateados.

O requerimento da audiência com o vice-governador foi assinado pelos deputados Sargento Rodrigues, Délio Malheiros e Paulo Cesar.

 

 

 

 

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