Setor produtivo e fiscais debatem a reforma tributária na quarta (14)

A Comissão Especial da Reforma Tributária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove sua terceira reunião com ...

09/05/2008 - 00:02
 

Setor produtivo e fiscais debatem a reforma tributária na quarta (14)

A Comissão Especial da Reforma Tributária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove sua terceira reunião com convidados nesta quarta-feira (14/5/08). Desta vez, os deputados vão ouvir representantes da Fiemg, a federação das indústrias; dos fiscais da Fazenda Estadual e da Receita Federal; da indústria de álcool e açúcar e empresário do setor metalúrgico. A reunião será às 11 horas, no Plenarinho IV. O requerimento da reunião é dos deputados Antônio Júlio (PMDB), relator; Lafayette de Andrada (PSDB) e Zé Maia (PSDB).

Iniciada no dia 2 de abril, a comissão pretende trazer especialistas, classe produtora, trabalhadores, sindicatos e outros segmentos para debater o assunto. O relatório final deve servir de subsídio para a bancada mineira no Congresso Nacional nas discussões sobre a reforma tributária a ser votada em Brasília. A reforma encaminhada pelo governo Lula está detalhada na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 233/08, anexada à PEC 31/07, do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG). O presidente da comissão, deputado Sebastião Helvécio (PDT), afirma que é importante a Assembléia de Minas mobilizar não apenas as representações políticas e empresariais, mas também a sociedade. "Queremos formatar uma proposta dos Legislativos estaduais com relação à reforma tributária do Brasil", propõe.

Convidados - São convidados os presidentes da Fiemg, Robson Andrade; do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical), Pedro Delarue Tolentino Filho; do Sindicato dos Fiscais e Agentes Fiscais de Tributos de Minas Gerais (Sindfisco), Matias Bakir; além do diretor-presidente e do advogado do Sindicato das Indústrias de Álcool e Açúcar (Siamig/Sindaçúcar), Luís Custódio Costa Martins e José Eustáquio Passarini de Resende; e o empresário Júlio Carlos Gasparette, do setor metalúrgico.

Comissão já ouviu representantes do Executivo e do Congresso Nacional

Em sua primeira reunião com convidados, em 30 de abril, a comissão ouviu o Executivo estadual. O coordenador de Política Tributária da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), Ricardo Luiz Oliveira de Souza, fez várias críticas à proposta e, em particular, ao novo ICMS. Ele avaliou que haverá dificuldades para implantar o princípio do destino na cobrança do imposto; criticou a redução do prazo para apropriação de créditos dos ativos permanentes; e classificou de ofensa ao pacto federativo o fato de os Legislativos estaduais não poderem mais legislar sobre o imposto.

Na segunda reunião com convidados, em 8 de maio, os deputados ouviram o deputado federal Virgílio Guimarães (PT/MG), autor da proposta de reforma tributária contida na PEC 31/07. O parlamentar acredita que, caso aprovada, a proposição vai simplificar o sistema tributário, facilitar o crescimento do País, acabar com a guerra fiscal entre Estados e promover o desenvolvimento econômico com justiça social.

Conteúdo - A proposta em tramitação no Congresso cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), um imposto federal; extingue PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Salário-Educação, entre outros pontos.

De acordo com informações do deputado Virgílio Guimarães, a proposta unifica as alíquotas do ICMS, que atualmente são diferentes em cada Estado. O ICMS seria transformado no IVA, que teria uma alíquota nacional de 18%. No sistema atual, o ICMS é repartido entre origem e destino de cada produto, mas com larga vantagem para a origem. Com o IVA, essa regra seria invertida, com o percentual maior sendo arrecadado pelo Estado de destino.

Segundo informações da SEF quanto ao novo ICMS, as alíquotas passarão a ser fixadas pelo Senado, em lei complementar. Em seguida, o Colegiado dos Estados (grupo semelhante ao Conselho de Política Fazendária, o Confaz, que reúne os secretários estaduais de Fazenda) vai propor o enquadramento dos produtos e serviços nas alíquotas. Caberia, então, ao próprio Senado aprovar ou rejeitar essa proposta de enquadramento. Aos Legislativos dos Estados restaria a atribuição de aumentar ou reduzir alíquotas em alguns casos. E isto apenas depois que lei complementar definisse quais produtos e serviços seriam passíveis de terem alíquotas alteradas em nível estadual.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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