Plenário recebe projeto de previdência para parceiros homossexuais

Foi recebido nesta terça-feira (29/4/08) pelo Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais projeto de lei compl...

29/04/2008 - 00:00
 

Plenário recebe projeto de previdência para parceiros homossexuais

Foi recebido nesta terça-feira (29/4/08) pelo Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais projeto de lei complementar do governador Aécio Neves que visa assegurar direitos de parceiros do mesmo sexo com a alteração da Lei Complementar 64, de 2002, que institui o Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos do Estado. De acordo com justificativa que acompanha a mensagem, "o reconhecimento da união estável entre companheiros do mesmo sexo já se encontra referendado em jurisprudência emanada de nossos tribunais superiores e, na prática, o Instituto Nacional do Seguro Social viabilizou os procedimentos para concessão de benefícios previdenciários ao companheiro homossexual".

Outro projeto de lei complementar encaminhado pretende alterar dispositivos da Lei Complementar 71, de 2003, que, entre outros temas, trata da avaliação de desempenho individual. O projeto tem o objetivo de alterar a sua periodicidade, inserindo a possibilidade de avaliação do servidor ocupante exclusivamente de cargo de provimento em comissão, com algumas exceções, no elenco dos contemplados pela lei, além de estabelecer composição paritária da comissão de avaliação, esta para atender à solicitação da Coordenação Intersindical.

Também foi enviado pelo governador projeto de lei que dá a denominação de Escola Estadual Professor Minervino Cesarino à escola da Penitenciária Regional de Uberaba. Ainda na reunião, foi encerrada a discussão de três projetos de lei. São eles: o Projeto de Lei (PL) 2.214/08, do governador, em turno único, que autoriza a abertura de crédito suplementar para o Tribunal de Justiça (TJMG) no valor de R$ 196,43 milhões; o PL 683/07, do deputado Weliton Prado (PT), em 2º turno, que especifica os locais de que trata a Lei 11.666, de 1994, que estabelece normas para facilitar o acesso dos portadores de deficiência física aos edifícios de uso público; e o PL 734/07, do deputado André Quintão (PT), em 1º turno, que institui o Certificado Inclusão e o Selo Inclusão.

Dia do Trabalhador e eleições municipais dominam discursos na tribuna

Quatro deputados fizeram uso do artigo 70 do Regimento Interno e discursaram sobre temas diversos. O primeiro foi Paulo Guedes (PT), que se referiu ao 1º de maio, Dia do Trabalhador, como uma data em que as comemorações serão diferentes, devido a várias ações do Governo Federal que possibilitaram, por exemplo, o aumento do poder de compra do salário mínimo, o aumento do emprego formal, das reservas cambiais e a diminuição da pobreza. "Em cinco anos, 10 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 20 milhões saíram das classes D e E para a classe C", falou. Guedes pediu ainda que os parlamentares voltem a discutir o projeto de lei que ganhou o nome de ICMS Solidário.

Elisa Costa (PT) complementou a fala do deputado enumerando uma série de dados positivos a partir de iniciativas do Governo Federal. Entre eles, destacou uma conquista do movimento sindical. "Lula reconheceu a legalidade das centrais sindicais", disse. "A luta do momento é uma bandeira histórica, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais." Citando a área da educação e o aumento do número de empregos, Elisa afirmou que Lula está "garantindo a ampliação dos direitos sociais ao povo brasileiro".

O deputado Domingos Sávio (PSDB) se disse surpreso com os discursos. "Ainda somos campeões de miséria e de corrupção. Temos os juros mais altos do mundo. Não estamos em um mar de rosas. Achar isso é aceitar que somos ingênuos", falou. Referindo-se às eleições municipais em Belo Horizonte, ele afirmou que considera que o PSDB tem condição de lançar nome próprio, de fazer coligação com o PMDB ou com qualquer outro partido. "Vamos dar para BH o que o governo Aécio está dando para Minas Gerais".

"Se o Aécio acatar suas sugestões, teremos uma reviravolta", disse Getúlio Neiva (PMDB). Ele informou que a bancada do PMDB é unânime na aceitação de uma candidatura própria em Belo Horizonte, em Teófilo Otoni e em todas as principais cidades do Estado. Neiva também pediu agilidade na votação do ICMS Solidário e comentou a tramitação do projeto de lei sobre organização judiciária. "Já temos a convicção de que as emendas dos deputados serão acatadas em grande parte", comentou, ao afirmar que tratou do assunto com o governador e com o presidente do TJMG, Orlando Adão.

Os deputados Antônio Júlio, Adalclever Lopes e Sávio Souza Cruz, todos do PMDB, apartearam o deputado, falando sobre as eleições e criticando o deputado federal Ciro Gomes, que declarou em entrevista à Folha de S. Paulo que a política em Minas é "entabulada por setores que representam a escória política".

 

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