Reunião faz homenagem a vítimas de acidentes do trabalho nesta 2ª
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O número de mortos por ano em acidentes de trabalho
no Brasil ronda a casa dos 3.000, segundo o Ministério da
Previdência Social. Em 1987 e 90, os óbitos passaram de 5.000.
Apesar da redução, os dados continuam alarmantes. Nesta
segunda-feira (28/4/08), as Comissões de Direitos Humanos e do
Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembléia Legislativa
de Minas Gerais realizam uma reunião conjunta para marcar a passagem
do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do
Trabalho. O encontro foi solicitado pelo deputado Durval Ângelo
(PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, e acontece às 14
horas, no Auditório.
De acordo com a procuradora do Trabalho Sônia
Toledo Gonçalves, no Brasil alguns setores apresentam índices de
acidentes de trabalho maiores que os registrados por países em
guerra. Na indústria de autopeças, por exemplo, as mutilações de
dedos e mãos são mais numerosas do que as sofridas por cidadãos de
países onde há minas terrestres.
Dados da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) mostram que 270 milhões de trabalhadores sofrem lesões graves
ou letais no mundo a cada ano. Dois milhões morrem, o que representa
três óbitos por minuto. Em cifras, esses acidentes representam uma
perda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
O dia 28 de abril foi escolhido pela OIT há cinco
anos como o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e
Doenças do Trabalho. Nacionalmente, essa data foi estipulada pela
Lei 11.121, de 2005.
Convidados - Para a
reunião foram convidadas as seguintes personalidades: o procurador
do Trabalho Antônio Carlos Oliveira Pereira; o superintendente
regional do Trabalho, Osmar Miranda Sales; a representante da
Fundacentro, Marta de Freitas; o representante da Associação Mineira
de Engenharia de Segurança no Trabalho, Marcelo Giordano Garios; e o
presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Robson
Andrade. Foram chamados também representantes de diversos outros
órgãos e entidades, como sindicatos, conselhos regionais, Câmara
Municipal de Belo Horizonte e Ministério Público Estadual.
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