Comemorados no Plenário os 40 anos da Associação de Criminalística

Os 40 anos de fundação da Associação de Criminalística do Estado de Minas Gerais (Acemg), que congrega os 540 peritos...

10/04/2008 - 00:00
 

Comemorados no Plenário os 40 anos da Associação de Criminalística

Os 40 anos de fundação da Associação de Criminalística do Estado de Minas Gerais (Acemg), que congrega os 540 peritos criminais do Estado, foram comemorados com solenidade no Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, por iniciativa do deputado Arlen Santiago (PTB). Santiago anunciou, na ocasião, que tramita na Casa uma proposta de emenda à Constituição que atribui autonomia administrativa, técnica e financeira à Criminalística, subordinando-a diretamente ao secretário de Defesa Social e lhe concedendo exclusividade nas perícias dentro do Estado.

"Novos tempos estão chegando para os peritos criminais, e é preciso dar crédito ao trabalho de estratégia e inteligência que está sendo desempenhado pelo secretário de Defesa Social, Maurício Campos Jr", disse o deputado Arlen Santiago. Ele lembrou que a Perícia não é instrumento do Estado para provar a culpa do cidadão, mas um serviço que busca estabelecer a verdade. "A Perícia não aponta culpados, mas seu trabalho faz justiça e impede a injustiça", afirmou.

O presidente da Acemg, Wilton Ribeiro de Sales, relatou a luta da associação para dar condições de trabalho e salários dignos à classe de peritos criminais, destacando a exigência de nível superior para ingresso na carreira e o adicional de risco de contágio. "A população mineira é sofrida e sedenta de justiça. Às vezes a ausência de perícia atenua a pena para os criminosos. Os novos tempos trazem uma crescente complexidade das análises, demandam treinamentos e investimentos em tecnologia", disse Sales, defendendo que o serviço tenha autonomia, mas que funcione integrado ao sistema de Defesa Social.

Caso Isabella - Para o deputado Délio Malheiros (PV), que presidiu a solenidade, a atividade dos peritos é casa vez mais reconhecida e prestigiada por entidades como a OAB e as organizações de direitos humanos. Malheiros defendeu uma articulação da Perícia com as universidades para melhorar seu desempenho em áreas específicas do conhecimento e para propiciar provas periciais imparciais, éticas, resultantes de um raciocínio científico apurado. Para ilustrar a importância do trabalho dos peritos, o deputado citou o caso da morte da menina Isabella Nardoni, que está em toda a imprensa e angustia a opinião pública nacional. "Depende muito do trabalho dos peritos que os verdadeiros culpados sejam levados à Justiça", disse Malheiros.

Malheiros e Santiago entregaram uma placa comemorativa ao presidente da Acemg. O coral Villa-Lobos cantou, além do Hino Nacional, as peças Verano Porteño, Agnus Dei e The Phantom of the Opera.

Presenças: além dos citados, compuseram a Mesa os deputados federais Carlos William e Mário Heringer, o presidente da Associação Brasileira de Criminalística, Márcio Corrêa Godoy; o chefe de Polícia Civil, Marco Antônio Monteiro de Castro; e o vice-presidente da Acemg, Walney José de Almeida. Destacados na platéia os ex-secretários de Segurança Pública Santos Moreira e Márcio Barroso Domingues.

 

 

 

 

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