Comemorados no Plenário os 40 anos da Associação de
Criminalística
Os 40 anos de fundação da Associação de
Criminalística do Estado de Minas Gerais (Acemg), que congrega os
540 peritos criminais do Estado, foram comemorados com solenidade no
Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, por iniciativa
do deputado Arlen Santiago (PTB). Santiago anunciou, na ocasião, que
tramita na Casa uma proposta de emenda à Constituição que atribui
autonomia administrativa, técnica e financeira à Criminalística,
subordinando-a diretamente ao secretário de Defesa Social e lhe
concedendo exclusividade nas perícias dentro do Estado.
"Novos tempos estão chegando para os peritos
criminais, e é preciso dar crédito ao trabalho de estratégia e
inteligência que está sendo desempenhado pelo secretário de Defesa
Social, Maurício Campos Jr", disse o deputado Arlen Santiago. Ele
lembrou que a Perícia não é instrumento do Estado para provar a
culpa do cidadão, mas um serviço que busca estabelecer a verdade. "A
Perícia não aponta culpados, mas seu trabalho faz justiça e impede a
injustiça", afirmou.
O presidente da Acemg, Wilton Ribeiro de Sales,
relatou a luta da associação para dar condições de trabalho e
salários dignos à classe de peritos criminais, destacando a
exigência de nível superior para ingresso na carreira e o adicional
de risco de contágio. "A população mineira é sofrida e sedenta de
justiça. Às vezes a ausência de perícia atenua a pena para os
criminosos. Os novos tempos trazem uma crescente complexidade das
análises, demandam treinamentos e investimentos em tecnologia",
disse Sales, defendendo que o serviço tenha autonomia, mas que
funcione integrado ao sistema de Defesa Social.
Caso Isabella - Para o
deputado Délio Malheiros (PV), que presidiu a solenidade, a
atividade dos peritos é casa vez mais reconhecida e prestigiada por
entidades como a OAB e as organizações de direitos humanos.
Malheiros defendeu uma articulação da Perícia com as universidades
para melhorar seu desempenho em áreas específicas do conhecimento e
para propiciar provas periciais imparciais, éticas, resultantes de
um raciocínio científico apurado. Para ilustrar a importância do
trabalho dos peritos, o deputado citou o caso da morte da menina
Isabella Nardoni, que está em toda a imprensa e angustia a opinião
pública nacional. "Depende muito do trabalho dos peritos que os
verdadeiros culpados sejam levados à Justiça", disse Malheiros.
Malheiros e Santiago entregaram uma placa
comemorativa ao presidente da Acemg. O coral Villa-Lobos cantou,
além do Hino Nacional, as peças Verano Porteño, Agnus Dei e The
Phantom of the Opera.
Presenças: além dos
citados, compuseram a Mesa os deputados federais Carlos William e
Mário Heringer, o presidente da Associação Brasileira de
Criminalística, Márcio Corrêa Godoy; o chefe de Polícia Civil, Marco
Antônio Monteiro de Castro; e o vice-presidente da Acemg, Walney
José de Almeida. Destacados na platéia os ex-secretários de
Segurança Pública Santos Moreira e Márcio Barroso Domingues.
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