Laboratório da UFMG recebe verba para ampliar análise do leite

Considerado referência no Brasil, o Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Escola de Veterinária da Universi...

02/04/2008 - 00:00
 

Laboratório da UFMG recebe verba para ampliar análise do leite

Considerado referência no Brasil, o Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (LabUFMG) recebeu do Governo Federal R$ 1,675 milhão para dobrar sua capacidade de atendimento a toda demanda do Estado. A informação foi dada por três professores da universidade, presentes em reunião desta quarta-feira (2/4/08) da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. "Essa vitória não foi somente nossa, foi dessa Comissão e de Minas Gerais. Somos, atualmente, o único laboratório do País a conseguir uma segunda linha de análises", disse o coordenador-geral do LabUFMG, professor Leorges Moraes da Fonseca. "Isso mostra o prestígio dessa Casa e do governo mineiro", comentou.

O deputado Eros Biondini (PHS) destacou o empenho do secretário Gilman Viana. "Essa foi uma das nossas grandes vitórias", disse ele, que foi aluno da faculdade. O presidente da comissão, Vanderlei Miranda (PMDB), e o vice-presidente, Bráulio Braz (PTB), também parabenizaram a conquista. "Somos uma peça nesse processo", comentou Miranda. Em maio de 2007, os três deputados e a deputada Cecília Ferramenta (PT) fizeram uma visita ao laboratório acompanhados do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana, para conhecer a realidade do laboratório. Somente o LabUFMG e outros sete laboratórios no país, incluindo mais um em Minas, o da Embrapa, em Juiz de Fora, são credenciados pelo Ministério para exercer a avaliação, que é exigida para todos aqueles que necessitam do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Aproveitando a ocasião, os deputados aprovaram requerimento para debater a qualidade do leite consumido pelos mineiros, assim como os processos utilizados para análise do produto e as delimitações de fronteiras com outros estados (que influem nessa análise), conforme sugerido pela professora Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira. Segundo ela, em relação à presença de bactérias, 44% das amostras analisadas estão com um padrão melhor que o exigido pela legislação atual. No Brasil, é permitido que cada mililitro de leite tenha até 1 milhão de bactérias. O padrão a ser atingido até 2011, já conseguido por alguns países europeus e da América do Norte, é de até 100 mil para cada mililitro, ou seja, dez vezes menos que o atual. "Podem estar certos que procuramos desenvolver trabalho de alta confiabilidade. Teremos o que há de melhor", afirmou o professor Ronon Rodrigues. Segundo os docentes, a equipe já está trabalhando no processo de licitação dos novos equipamentos.

Ainda na reunião, foram aprovadas cinco proposições que dispensam apreciação do Plenário.

O que é - O LabUFMG foi criado em 1996 e conta com seis professores nas áreas de tecnologia e inspeção do leite. O laboratório tem modernos equipamentos para detectar fatores como níveis de gordura e proteína; fazer contagem bacteriana; e verificar a existência de fraudes - situações que, segundo a equipe, ocorrem freqüentemente. A cada mês, são analisadas cerca de 20 mil amostras, número bem abaixo da demanda de Minas - que responde por quase 30% da produção nacional - e também de outros estados. As condições de produção de leite e os padrões exigidos estão estabelecidos pela Instrução Normativa 51, editada pelo Ministério da Agricultura em 2002. Além de prestar esse serviço de avaliação para indústria e produtores, o LabUFMG é usado como instrumento de ensino nas disciplinas da Escola de Veterinária e produz importantes pesquisas na área.

Presenças - Deputados Vanderlei Miranda (PMDB), presidente da comissão; Bráulio Braz (PTB), vice-presidente; e Eros Biondini (PHS).

 

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