Problemas na execução do Luz para Todos serão debatidos

A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove nesta quarta-fei...

28/03/2008 - 00:00
 

Problemas na execução do Luz para Todos serão debatidos

A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove nesta quarta-feira (2/4/08) nova rodada de debates sobre o programa de eletrificação rural Luz para Todos. Desta vez, quem pede a reunião é o deputado Almir Paraca (PT), que quer saber a situação do programa no Estado; o porquê da paralisação das atividades; as dificuldades para formalizar novos contratos entre Cemig e Eletrobras, além de informações sobre seu cronograma de execução. O debate será às 16 horas, no Plenarinho IV.

O Luz para Todos é um programa do Governo Federal implantado em 2003, que tem o objetivo de levar energia elétrica a cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil. O custo do projeto é estimado em R$ 9 bilhões, dividido entre recursos federais e dos governos estaduais. Em Minas, a Cemig apurou que, em 2004, a demanda era de 176 mil domicílios, mas o número de clientes potenciais pode chegar a quase 300 mil. Em 2007, de acordo com a estatal, foram feitas 90 mil ligações.

Convidados - Foram convidados a participar o diretor-presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Paulo Fernandez Conde; o coordenador do programa Luz para Todos/regional Sudeste e Goiás, Edson Rezende; o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Minas, Rogério Correia; o diretor-presidente da Cemig, Djalma Morais; o coordenador estadual do programa, Marcílio de Sousa Magalhães; e o presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Vilson Luiz da Silva.

Deputado quer explicações; comissão pode atuar na resolução dos problemas

De acordo com o deputado Almir Paraca, o cronograma está atrasado, apesar de as concessionárias contratadas para a execução do projeto terem aceitado os prazos sugeridos. Isso, segundo o parlamentar, tem deixado a população com a falsa expectativa de que o programa foi abandonado ou extinto. Ele informa que os dois primeiros contratos para execução do Luz para Todos em Minas foram concluídos em julho de 2007, e que hoje as ligações estão suspensas no Estado. "Queremos saber qual é a dificuldade de formalização de novos contratos entre Cemig e Eletrobras. Ninguém questiona a importância da iniciativa. Por que, então, o programa está parado?", indaga o parlamentar, para quem a comissão pode atuar como intermediadora de soluções.

O deputado quer saber a demanda real do Luz para Todos em Minas e a previsão de ligações do contrato em negociação entre Cemig e Eletrobras. Segundo ele, a previsão desse novo contrato seria de 55 mil ligações, número que estaria aquém da demanda. Outra dúvida é quanto à prioridade dada às regiões a serem atendidas. O parlamentar avalia que regiões mais distantes e carentes, como os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Norte e Noroeste de Minas, têm sido as menos atendidas pelo Luz para Todos.

Essas regiões são justamente aquelas constantes do programa do Governo Federal Territórios da Cidadania, lançado em 25 de fevereiro deste ano, que envolve diversos ministérios em ações para o desenvolvimento regional e prioriza áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humanos (IDH).

Histórico - Em 2007, a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização promoveu diversos debates sobre o programa Luz para Todos. Os atrasos na execução do programa em Minas e as dificuldades no atendimento das famílias cadastradas motivaram as reuniões. No interior, foram quatro as audiências: em Montes Claros, no Norte; em Paracatu e João Pinheiro, no Noroeste; e em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. O presidente da comissão, deputado Weliton Prado (PT), informou que o Ministério de Minas e Energia garantiu, nessas reuniões, o compromisso de que o programa só será paralisado quando todas as residências forem atendidas.

 

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