Plenário mantém dois vetos do governador

Em Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Geras na noite desta quarta-feira (26/3/08),...

26/03/2008 - 00:04
 

Plenário mantém dois vetos do governador

Em Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Geras na noite desta quarta-feira (26/3/08), os deputados mantiveram dois vetos do governador a proposições de lei. A Proposição de Lei 18.197, sobre legislação tributária, teve dois dispositivos vetados. O veto ao artigo 8º, sobre anistia a multas para infrações à legislação florestal ocorridas até 31 de outubro de 2007, foi mantido por 42 votos, contra 2 e um branco. O veto a um dispositivo do artigo 1º da proposição, sobre redução de ICMS para combustíveis para cooperativas de táxi, foi mantido por 36 votos favoráveis e 10 contra. O Veto Parcial à Proposição de Lei 18.250, sobre incentivo a inovação tecnológica, foi mantido com 37 votos a favor e 2 contra. Dois outros vetos do governador continuam obstruindo a pauta do Plenário.

A Proposição de Lei 18.197, originada do Projeto de Lei (PL) 1.585/07, do governador, promove alterações no sistema tributário do Estado por meio de reduções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os dois parágrafos vetados pelo governador originaram-se de emendas apresentadas pelos parlamentares durante a tramitação do projeto. O parágrafo 61 introduzido ao artigo 12 da Lei 6.763, de 1975, modificada pelo artigo 1º da proposição, autorizava o Executivo a reduzir para até 3% a carga tributária nas operações internas com gás natural veicular, gasolina e álcool para fins carburantes destinados a cooperativas de táxi. O artigo 8º previa anistia de multas para infrações à legislação florestal ocorridas até o dia 31 de outubro de 2007.

Segundo o Executivo, os dispositivos foram vetados por não apresentarem medida compensatória da receita e por contrariarem o interesse público. A redução do imposto para os taxistas traria um impacto negativo de R$ 74,4 milhões por ano aos cofres públicos, segundo estudo do governo. Já de acordo com a Comissão Especial que emitiu parecer sobre o veto, o perdão das multas previstas no artigo 8º representa um risco ao meio ambiente, por criar um estímulo ao descumprimento da legislação ambiental. O relator, na comissão, foi o deputado Neider Moreira (PPS).

Inovação tecnológica - Originada do PL 30/07, do governador, a Proposição de Lei 18.250 incentiva a inovação tecnológica e cria parcerias estratégicas entre as instituições oficiais de ensino e pesquisa e a iniciativa privada para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras no Estado. O governador vetou os parágrafos únicos dos artigos 28 e 31.

O primeiro dispositivo determina que o superávit financeiro do Fundo Estadual de Incentivo à Inovação Tecnológica (Fiit), apurado ao término de cada exercício fiscal, será mantido em seu patrimônio, ficando autorizada a sua utilização nos exercícios seguintes. O Executivo argumenta, porém, que o artigo 15 da Lei Complementar 91, de 2006, que dispõe sobre a instituição, gestão e extinção de fundos estaduais, determina que será mantido o superávit financeiro de fundo que exerça as funções de financiamento e garantia, o que não é o caso do Fiit. Segundo o governador, esse fundo exercerá função programática.

Já o parágrafo único do artigo 31 determina que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a título de remuneração por serviços prestados como agente financeiro do Fiit, fará jus a 5% do valor total do financiamento, descontados do valor a ser liberado para o beneficiário. De acordo com o governador, esse percentual estaria acima dos praticados nos outros fundos do Estado. O restante do conteúdo da proposição foi sancionado na forma da Lei 17.348, de 2008.

Protesto - O deputado Irani Barbosa (PSDB) protestou contra o veto do governador ao parágrafo 61 do artigo 12 da Proposição de Lei 18.197, que sugeria a redução do ICMS para os veículos adquiridos por cooperativas de táxi. O dispositivo originou-se de uma emenda do parlamentar, que considera que o governo está fazendo distinção entre os taxistas e outras categorias, como usineiros, que, segundo ele, são beneficiados pelo projeto. "Não entendo como um projeto pode beneficiar algumas cooperativas e exclui os taxistas", lamentou.

 

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