Deputados querem novas cadeias para Muriaé e Leopoldina

A necessidade de construir novas cadeias públicas em Muriaé e Leopoldina, na Zona da Mata, foi a conclusão a que os d...

26/03/2008 - 00:01
 

Deputados querem novas cadeias para Muriaé e Leopoldina

A necessidade de construir novas cadeias públicas em Muriaé e Leopoldina, na Zona da Mata, foi a conclusão a que os deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais chegaram, após visita realizada às duas cidades nesta quarta-feira (26/3/08). Os parlamentares conheceram a estrutura das cadeias e constataram problemas como superlotação, falta de higiene e atraso no encaminhamento de presos condenados a penitenciárias do Estado.

Em Muriaé, por exemplo, a cadeia pública abriga 142 presos, em um espaço com capacidade para 70. Durante a visita, os deputados se reuniram com representantes das Polícias Civil e Militar, Ministério Público, vereadores e com o prefeito José Braz, e concluíram pela necessidade da construção de um novo local que abrigue mais detentos com mais segurança e melhores condições de higiene. "Não adianta reformar, temos que fazer uma nova cadeia. A situação é dramática e desumana", afirmou o deputado Bráulio Braz (PTB), autor do requerimento que motivou a visita à cidade. O parlamentar disse ainda que pretende levar um relatório sobre a situação do presos para ser debatido na Assembléia.

De acordo com o delegado regional de Muriaé, Wagner Schubert de Castro, a cadeia é segura, mas está inviável, por isso a necessidade da construção de uma nova unidade prisional no município. "A cadeia está superlotada e temos mais de 600 mandados de prisão expedidos. Uma nova cadeia é urgente para abrigar todas essas pessoas", alertou.

Os moradores também reclamam da presença da delegacia, localizada em uma rua totalmente residencial. De acordo com a moradora Ivone de Lacerda, que reside em frente à cadeia, o medo e a insegurança são gerais. Ela conta que, recentemente, presos fugiram do local e invadiram casas vizinhas.

Cadeia de Leopoldina abriga o dobro da capacidade

A situação dos presos da cadeia pública de Leopoldina é semelhante. São 105 detentos em um local com capacidade para 36. Do total, 55 são condenados, mas ainda não foram transferidos para penitenciárias. Segundo o promotor Gustavo Garcia Araújo, os pedidos de vaga para os condenados são feitos à Secretaria de Estado de Defesa Social, mas sem resposta.

Para o deputado Antônio Júlio (PMDB), o Estado deve tomar uma providência urgente para resolver o problema. "A situação é pior que imaginávamos e o mais preocupante é que a cadeia de Leopoldina retrata a situação de todo o Estado. Não podemos ficar de braços cruzados diante dessa realidade", disse.

Após a visita à cadeia, os parlamentares conheceram a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Muriaé, onde o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sargento Rodrigues (PDT), concluiu que o local é a melhor alternativa para o sistema prisional de Minas Gerais. "Aqui os recuperandos têm assistência espiritual, educacional e trabalham. Faltam recursos e incentivo do poder público para tornar a Apac o local perfeito para a reintegração desses condenados à sociedade", finalizou.

Presenças - Deputados Sargento Rodrigues (PDT), presidente; Antônio Júlio (PMDB) e Bráulio Braz (PTB).

 

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715