Comissão de Segurança Pública vai às cadeias de Muriaé e Leopoldina

A situação carcerária do Estado continua mobilizando a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Min...

19/03/2008 - 00:01
 

Comissão de Segurança Pública vai às cadeias de Muriaé e Leopoldina

A situação carcerária do Estado continua mobilizando a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, que visitará as cadeias de Muriaé e Leopoldina, na Zona da Mata, nesta quarta-feira (26/3/08). A visita à cadeia de Muriaé (Rua José de Freitas Lima, nº 2 - Bairro Safira) será às 9h15; e à de Leopoldina (Rua Ribeiro Junqueira, 405 - Centro), às 13h30. O objetivo é verificar as condições das instalações e dos equipamentos, bem como a situação da população carcerária e a lotação das cadeias. Participarão da visita o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), e os deputados Bráulio Braz (PTB) e Antônio Júlio (PMDB).

Segundo o deputado Bráulio Braz, que pediu a visita a Muriaé, é grave a situação, pois a cadeia tem capacidade para abrigar 80 presos e hoje possui 140 detentos em regime fechado. De acordo com o parlamentar, atualmente funciona no mesmo prédio o albergue da cidade, com 26 presos, o que seria ilegal. Para acompanhar a visita, foram convidados o comandante da Polícia Militar, Nelcimar Breder Rodrigues; o delegado regional de Polícia Civil, Wagner Schubert de Castro; e o juiz da comarca, Múcio Monteiro da Cunha Magalhães Júnior. O deputado Antônio Júlio é autor do requerimento para visitar a cadeia de Leopoldina.

Frutal - Em 12 de março, a comissão esteve na cadeia de Frutal, no Triângulo. Com capacidade para abrigar 32 detentos, tem hoje 156 presos distribuídos em seis celas, numa média de 25 para cada espaço de 4m x 4m. A superlotação, que obriga os prisioneiros a se revezarem para dormir, foi constatada pelo presidente, deputado Sargento Rodrigues, que conferiu as condições denunciadas pelos policiais. A cadeia tem cela com 11 mulheres e outra com quatro adolescentes.

Rio Doce - Em 27 de fevereiro, dois presídios da Secretaria de Estado Defesa Social foram visitados. O presidente e as deputadas Elisa Costa (PT) e Rosângela Reis (PV) foram conhecer o novo presídio de Coronel Fabriciano, inaugurado no dia 19, e depois estiveram no presídio de Governador Valadares, em companhia de um promotor de Justiça e de vereadores da cidade.

O presídio de Fabriciano tem capacidade para 196 presos e está agora próximo da lotação máxima, com 190 detentos, sendo 18 mulheres. Tem 23 celas para oito presos cada, sendo duas na ala feminina e uma preparada para receber deficientes físicos. Todos os presos vestem uniformes vermelhos fornecidos pela Subsecretaria de Estado de Administração Penitenciária.

Em Valadares, os deputados se depararam com uma situação bem diversa. O presídio, segundo Rodrigues, "é um cadeião construído há muitas décadas" e está superlotado, com 590 presos disputando um espaço onde caberiam apenas 248. Poucos deles dispõem de uniformes e faltam até colchões. Comprimem-se de 13 a 15 homens em celas concebidas para apenas seis. Dos 590 presos, 77 são condenados no regime fechado, 114 no semi-aberto e os restantes são presos provisórios. Falta água e o Serviço de Águas do município faz abastecimento suplementar com caminhões-pipa.

 

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