ALMG volta a discutir transferência da rodoviária de BH

A rodoviária de Belo Horizonte, instalada no centro da cidade desde 1971, pode ser transferida para o Bairro Calafate...

14/03/2008 - 00:01
 

ALMG volta a discutir transferência da rodoviária de BH

A rodoviária de Belo Horizonte, instalada no centro da cidade desde 1971, pode ser transferida para o Bairro Calafate, na Região Oeste. A prefeitura municipal já está com estudos avançados nesse sentido, mas a mudança está deixando apreensivos os moradores da região. As conseqüências dessa transferência serão debatidas pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na próxima terça-feira (18/3/08), às 10 horas, no Auditório da ALMG. O requerimento para a reunião é do deputado Délio Malheiros (PV).

Segundo o parlamentar, a Prefeitura de Belo Horizonte, ao tomar a iniciativa de transferir a rodoviária de um local para outro, está extrapolando sua competência, porque o transporte intermunicipal e interestadual é atribuição do Estado. Além disso, de acordo com ele, não foi esclarecido nem mesmo se o terreno onde se pretende instalar o novo terminal pertence à prefeitura.

Délio Malheiros diz que é contra a mudança da rodoviária para o Calafate porque, a despeito do alto custo do projeto (cerca de R$ 35 milhões), simplesmente se estará transferindo o problema de um local para outro. O deputado defende uma solução mais moderna, seguindo modelos já adotados em grandes cidades da Europa: pequenos terminais localizados em pontos estratégicos nos limites dos municípios, descentralizando a movimentação de passageiros e evitando o tráfego intenso na região central.

Para Belo Horizonte, afirma Malheiros, essa fórmula seria interessante, já que 70% do movimento da rodoviária da Capital se refere ao transporte de e para cidades localizadas a cerca de 50 quilômetros de distância. A mesma opinião foi explicitada pelo deputado Gustavo Valadares (DEM), durante audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas realizada em abril do ano passado.

Naquela reunião, os deputados receberam a informação de que as obras serão custeadas pela iniciativa privada, em troca da concessão de operação. A capacidade de atendimento do novo terminal será de 52 mil pessoas/dia, superior às 35 mil atendidas hoje, e haverá 100 lojas e 380 vagas de estacionamento. Quanto à proposta de criação de rodoviárias regionais, o técnico da Secretaria de Transportes e Obras Públicas, Lindemberg Ribeiro Costa, disse que isso traria problemas administrativos, "porque as empresas teriam que manter estruturas em cada uma, com impacto sobre as tarifas".

Em reunião no último dia 14 de fevereiro na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o presidente da Câmara de Vereadores, Totó Teixeira, se disse favorável à transferência da rodoviária para o Calafate, alegando que a medida desafogaria o trânsito e aumentaria a valorização do hipercentro da Capital.

Convidados - Para a reunião foram convidados o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Totó Teixeira; o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), José Élcio Santos Montese; o secretário municipal de Políticas Urbanas de Belo Horizonte, Murilo Valadares; a promotora de Habitação e Urbanismo Marta Alves Larcher; o presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha Ladeira; o gerente regional do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro, Ricardo Coutinho Camilo; o professor da UFMG e especialista em transporte Ronaldo Guimarães Gouvea; e o presidente da Associação SOS Bairros, Guilherme Neves.

 

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