Manifestantes pedem apoio para redução de tarifa de energia

O presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), recebeu nesta quarta-feir...

12/03/2008 - 00:00
 

Manifestantes pedem apoio para redução de tarifa de energia

O presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), recebeu nesta quarta-feira (12/3/08) representantes do Comitê Estadual pela Redução da Tarifa de Energia. O grupo, acompanhado do deputado Padre João (PT), solicitou a reabertura de tramitação de um projeto de iniciativa popular entregue na Casa em 2007 e considerado inconstitucional pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O objetivo da proposta, acompanhada de 137 mil assinaturas, era a isenção mensal de 100 kwh de energia para famílias de baixa renda.

O grupo de manifestantes também entregou ao presidente cópia de decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), de maio de 2007, assegurando a chamada tarifa social, com descontos de até 65%, para famílias com consumo máximo de 220 kwh/mês, com base na Lei Federal 10.438, de 2002. Segundo os representantes do comitê, a Cemig beneficia, apenas com descontos sobre o ICMS, famílias com consumo de até 90 kwh/mês, descumprindo a decisão do TRF.

Alberto Pinto Coelho afirmou desconhecer o parecer da CCJ, mas salientou que os projetos de natureza tributária, que envolvem taxas e tarifas, são de iniciativa do Executivo. Ele lembrou também que a Lei de Responsabilidade Fiscal exige a indicação de fonte de compensação nos projetos que envolvem perda de receita. "Temos limitações estabelecidas pelas Constituições Federal e Estadual. Acredito que o relator da comissão deve ter se baseado nisso", afirmou. Segundo ele, o caminho mais prático, nesse caso, seria um entendimento com o Executivo, com a Cemig e com a agência reguladora, a Aneel. Para isso, se dispôs a intermediar encontro com a companhia energética.

Padre João propôs que as ações na ALMG tenham como propósito a mudança dos critérios que definem os consumidores beneficiados pela tarifa menor, o que poderia ser feito por iniciativa parlamentar. Para ele, é preciso cruzar as informações de consumo com as de renda. "Assim, a tarifa social seria formatada de maneira participativa, e alcançaríamos o objetivo do projeto", ponderou. Quanto à decisão do TRF, o presidente da ALMG se comprometeu a averiguar pessoalmente, junto à Cemig, as razões do suposto descumprimento.

 

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