Segurança Pública debate problemas recentes das cadeias mineiras

Morte, rebelião e fuga de três cadeias do interior mineiro e a falta de pessoal da Polícia Civil vão ser abordados em...

29/02/2008 - 00:01
 

Segurança Pública debate problemas recentes das cadeias mineiras

Morte, rebelião e fuga de três cadeias do interior mineiro e a falta de pessoal da Polícia Civil vão ser abordados em reunião que a Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realiza nesta quarta-feira (5/3/08). O requerimento foi apresentado pelos deputados Antônio Júlio (PMDB), Carlos Pimenta (PDT), Sargento Rodrigues (PDT) e Weliton Prado (PT), após os episódios registrados em janeiro nas cadeias de Rio Piracicaba, Conselheiro Lafaiete e Monte Belo. A reunião, que terá a presença do secretário de Estado da Defesa Social, Maurício Campos Júnior, acontece às 9h30, no Auditório.

No início do ano, a área de segurança pública em Minas foi abalada por três episódios seqüenciais. No dia 1º de janeiro, oito presos da cadeia de Rio Piracicaba, Região Central do Estado, morreram queimados depois de rebelião. Em Conselheiro Lafaiete, também no Centro mineiro, 23 presos fugiram da cadeia local, no dia 26 de janeiro; e no Sul, em Monte Belo, os presos fizeram uma rebelião, destruindo totalmente a cadeia, no dia 30.

Em relação ao déficit de pessoal da Polícia Civil, os deputados autores do requerimento citam especialmente a situação precária de Pará de Minas, Montes Claros e Uberlândia. O deputado Sargento Rodrigues, presidente da comissão, informou que o mesmo problema acontece em Juiz de Fora, Zona da Mata, de acordo com levantamento do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol).

Na Assembléia, tramita o Projeto de Lei (PL) 1.978/08, do governador do Estado, que prevê a indenização dos familiares das vítimas fatais dos incêndios ocorridos nas cadeias de Ponte Nova ( em 27 de agosto de 2007, com a morte de 25 detentos) e Rio Piracicaba (1º de janeiro de 2008, com a morte de oito detentos). A indenização prevista é de R$ 20 mil por família, além de pensão mensal para cobertura de danos materiais, no valor de dois terços do salário mínimo ( R$ 253,20, pelo salário mínimo vigente).

De acordo com o projeto, que aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça, o Governo do Estado fica autorizado a indenizar os seguintes beneficiários, na condição de dependentes das vítimas, nesta ordem: I - o cônjuge ou a companheira, enquanto viúva ou não constituir união estável, o filho menor de 18 anos não emancipado ou absolutamente incapaz; II - os pais; III - o irmão menor de 18 anos não emancipado ou absolutamente incapaz.

 

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