Autoridades mineiras acompanham velório de Agostinho
Patrús
Diversas autoridades e amigos compareceram e
prestaram solidariedade à família do ex-deputado estadual e
ex-presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho
Patrús, que morreu na manhã deste domingo (24/2/08), aos 68 anos. O
corpo de Agostinho Patrús foi velado nesta segunda-feira (25/2/07),
no Salão Nobre da ALMG, até às 15 horas, quando seguiu para o
Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, para ser sepultado. O
presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), o governador
Aécio Neves, o prefeito Fernando Pimentel, além de deputados
estaduais e outros nomes do mundo político e oficial, acompanharam o
velório.
O deputado Alberto Pinto Coelho destacou as
qualidade políticas do ex-deputado, entre elas a habilidade
política, seriedade e a busca permanente pelo consenso. Lembrou
ainda a preocupação de Agostinho Patrús em dotar a Assembléia
Legislativa de mais transparência, com a criação da TV Assembléia e
de programas que deram maior celeridade ao trabalho do Parlamento
mineiro, "visando sempre o interesse da população".
Também a habilidade de Agostinho Patrús foi
lembrada pelo governador Aécio Neves, para quem a política mineira
sofre grande perda com o falecimento do ex-deputado. O governador
destacou a colaboração de Agostinho Patrús no Executivo, "passagem
marcada por muita suavidade com as pessoas, muito afeto, o que para
nós mineiros é extremamente importante e uma de nossas principais
características".
Exemplo de conduta - Para o
prefeito Fernando Pimentel, que afirmou ter sofrido uma perda
pessoal, a trajetória de Agostinho Patrús deixa um exemplo de
político que sempre trilhou o caminho da democracia, buscando o
entendimento e a conciliação. "Um político da boa escola mineira,
uma pessoa que chamava a todos de padrinho, quando na verdade o
padrinho de todos era ele", comentou Pimentel, a respeito de Patrús.
O presidente da Cemig, Djalma Morais, também lamentou a perda do
amigo e "de um companheiro que certamente seria um grande gestor" da
companhia, onde Agostinho Patrús passou recentemente a ocupar o
cargo de vice-presidente.
O ex-presidente Itamar Franco, também presente ao
velório, destacou a ética e a probidade de Agostinho Patrús. "Ele
sempre foi um homem que respeitou e dignificou a vida pública
mineira e brasileira, ao defender os interesses nacionais". Segundo
Itamar Franco, Patrús foi um exemplo de político capaz de dialogar,
que sabia respeitar as idéias dos adversários, "um autêntico
gentleman", afirmou.
O procurador-geral de Justiça, promotor Jarbas
Soares Júnior também lamentou o falecimento de Agostinho Patrús,
destacando seu trabalho de diálogo com o MP, mesmo quando já não
estava mais na Assembléia. Segundo Soares Júnior foi uma surpresa no
Ministério Público, "especialmente para mim, que conversei com ele
na semana passada, por telefone, quando ele me contou que estava em
São Paulo fazendo uns exames. Mas não sabia da gravidade do
caso".
Agostinho Patrús estava internado no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratamento de câncer e morreu
devido à falência múltipla de órgãos. Deixa viúva a médica Orcanda
Andrade Patrús e os filhos Agostinho Patrús Filho - que é deputado
estadual (PV), Breno Andrade Patrús e Lucas Andrade Patrús.
Agostinho Patrús nasceu em Belo Horizonte e foi deputado por seis
legislaturas consecutivas (da 10ª à 15ª, entre 1983 e 2007).
Cargos no Executivo e Legislativo marcam carreira
de ex-deptuado
Formado pela Faculdade de Medicina da UFMG em 1966,
ocupou a presidência da Associação Médica de Minas Gerais por dois
mandatos. Seu primeiro cargo público foi o de secretário adjunto da
Secretaria de Estado da Saúde, em 1981. Elegeu-se deputado estadual,
elegendo-se para a 10ª Legislatura (1983-87). Reeleito para as cinco
legislaturas seguintes, alternou o exercício do mandato parlamentar
com o desempenho de vários cargos no Poder Executivo estadual.
Na Assembléia, foi presidente de várias comissões
entre elas a de Saúde e de Educação. Na 12ª Legislatura (1991-95),
no governo Hélio Garcia, foi eleito para o cargo de 1º-secretário da
Mesa para o período de 1991-92. Assumiu a Presidência da Casa na 13ª
Legislatura (1995-97), no primeiro biênio do governo Eduardo
Azeredo. Ocupou também os cargos de presidente do Colégio de
Presidentes das Assembléias Legislativas Estaduais e da União
Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), do qual foi
fundador.
Agostinho Patrús foi, ainda, secretário de Estado
da Casa Civil (1997-98), no governo Eduardo Azeredo, e de
Transportes e Obras Públicas (2003-06), no primeiro mandato do
governador Aécio Neves. Recentemente, foi indicado para o cargo de
diretor vice-presidente da Cemig..
Entre suas condecorações que recebeu, estão as
medalhas do Mérito Legislativo, da Inconfidência, Carlos Chagas,
Santos Dumont e Juscelino Kubitschek. Desde 2005, estava filiado ao
PFL (atual DEM). Deixa como herdeiro político o filho Agostinho
Patrús Filho (PV), que exerce seu primeiro mandato.
Presenças - Além das
autoridades citadas nesta matéria, compareceram ao velório no Salão
Nobre da Assembléia o ex-governador Francelino Pereira, os senadores
Hélio Costa, Eduardo Azeredo e Eliseu Rezende, secretários de
Estado, deputados federais e estaduais, prefeitos e lideranças
políticas.
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