Semana terá audiências sobre segurança, saúde e direitos humanos

Questões ligadas à saúde, à segurança pública e aos direitos humanos se destacam entre os assuntos a serem abordados ...

15/02/2008 - 00:01
 

Semana terá audiências sobre segurança, saúde e direitos humanos

Questões ligadas à saúde, à segurança pública e aos direitos humanos se destacam entre os assuntos a serem abordados pelas comissões da Assembléia Legislativa de Minas Gerais na semana de 18 a 22/2/08. No Plenário, o período será marcado pela continuidade da discussão de dois vetos do governador: o veto total à Proposição de Lei 18.024, que cria normas de segurança e mecanismos de fiscalização dos transgênicos; e o veto parcial à proposição de lei 18.073, que regulamenta a instalação e a manutenção de sistema de ar-condicionado em ambiente de uso coletivo. Ambos os vetos estão na chamada Faixa Constitucional, ou seja, têm prioridade sobre as demais matérias constantes da pauta.

Na terça-feira (19), a Comissão de Saúde realiza uma audiência pública para tomar conhecimento das providências que o Estado tomou ou está tomando para o controle da febre amarela. A reunião acontece às 10 horas, no Plenarinho III, e foi solicitada pelos deputados Carlos Mosconi (PSDB), Carlos Pimenta (PDT), Doutor Rinaldo (PSB) e Eros Biondini (PHS), motivados pelo aumento da incidência da doença desde o início de janeiro.

Além do secretário de Estado de Saúde, Marcus Pestana, foram convidados os secretários municipais de saúde de Belo Horizonte, Helvécio Miranda Magalhães Jr., e de Uberlândia, Gladistone Rodrigues da Cunha Filho.

De dezembro de 2007 até o início de fevereiro deste ano, foram confirmados 25 casos de febre amarela no Brasil, dos quais 13 evoluíram para a morte. Em Araguari, ocorreu, em janeiro, a primeira morte decorrente da doença no Estado. O segundo caso em Minas foi confirmado em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em janeiro, Minas Gerais recebeu do Ministério da Saúde, mais de 200 mil doses de vacina da febre amarela que foram disponibilizadas às regionais, sobretudo a Noroeste.

Truculência - Na quarta-feira (20), a Comissão de Direitos Humanos estará em Ouro Preto para saber mais sobre a atuação das polícias Militar e Civil e dos delegados nos municípios de Mariana e Ouro Preto. Solicitada pelo deputado Padre João (PT), a audiência da comissão será no Plenário da Câmara, às 9 horas (Praça Tiradentes, 91). Entre os convidados, estão representantes das duas corporações, do Executivo e do Legislativo das duas cidades, além do Ministério Público.

Segundo informações do gabinete do deputado Padre João, a reunião foi motivada pelas recorrentes as denúncias de cidadãos de Mariana e Ouro Preto, que se queixam de agressões e maus tratos de policiais civis e militares. Os dois municípios pertencem à 8ª Companhia Independente da PM. Na opinião do parlamentar, a reunião será o momento de cobrar esclarecimentos dos envolvidos e de colaborar com a segurança pública daquela região.

Outra visita agendada para quarta será feita pelos deputados das Comissões de Cultura e de Direitos Humanos. Eles participam da abertura da exposição "Os desenhos das crianças de Terezin", às 17 horas, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21 - Funcionários), em Belo Horizonte. A mostra reúne 100 quadros feitos por crianças e adolescentes que viveram no campo de concentração de Terezin, na antiga Tchecoslováquia, durante a 2a Guerra Mundial. O requerimento para a visita é do deputado João Leite (PSDB).

Lanchonetes - Na quinta-feira (21), a Comissão de Defesa do Consumidor visita o Aeroporto de Confins, às 10 horas, para verificar as denúncias de altos preços praticados pelos fornecedores de lanches do local. O autor do requerimento e presidente da comissão, deputado Délio Malheiros (PV), afirmou que vem recebendo inúmeras reclamações de consumidores, principalmente com relação ao valor do pão de queijo e do cafezinho, "produtos tipicamente mineiros". O deputado informou que já pediu ao Procon uma pesquisa sobre a variação dos preços cobrados em outros estabelecimentos, e vai solicitar também um levantamento dos valores de produtos comercializados em outros aeroportos do País.

Segurança privada - A existência de empresas clandestinas de segurança privada no Estado será tema de audiência pública conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública também na quinta-feira. O autor do requerimento para a reunião e presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), recebeu denúncia feita pelo Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância de Minas Gerais, segundo a qual existem no Estado mais de 100 mil vigilantes sem registro e muitos deles com porte de arma.

"Isso é mais do que o efetivo de todas as forças de segurança do Estado, somando Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Exército", alerta o deputado, preocupado com o descontrole dessa atividade que estaria freqüentemente envolvida em episódios de violência. A reunião acontece no Auditório, a partir das 9h30.

 

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