Veto à regulamentação de transgênicos em Minas provoca críticas

Na Reunião Extraordinária de Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizada na manhã desta quinta-feira...

14/02/2008 - 00:01
 

Veto à regulamentação de transgênicos em Minas provoca críticas

Na Reunião Extraordinária de Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizada na manhã desta quinta-feira (14/2/08), os deputados prosseguiram na discussão ao Veto Total à Proposição de Lei 18.024/07, que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização dos transgênicos. Mais uma vez, a bancada do PT/PCdoB criticou o veto do governador, lembrando que a proposição, originada do Projeto de Lei (PL) 261/07, do deputado Padre João (PT), teve tramitação consensual na Assembléia, tendo sido o PL aprovado por unanimidade.

A discussão do veto começou na Reunião Ordinária de terça-feira (13), prosseguiu na Extraordinária da noite, completando a terceira reunião de discussão nesta quinta-feira (14), em faixa constitucional, o que significa que tem prioridade de apreciação na pauta do Plenário.

Razões do veto - O projeto original estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso de técnicas de engenharia genética, além de obrigar o governo a manter cadastro das instituições de pesquisa, produção, armazenamento, transporte e liberação no meio ambiente de transgênicos e derivados. Ao vetar a proposição, o governador alegou que, sob aspecto técnico, a sanção acarretaria um entrave para o agronegócio e geraria burocracia adicional onerosa e desnecessária. Além disso, segundo ele, o assunto deve e já é tratado de forma homogênea em todo o Brasil por meio de lei federal.

O deputado Carlin Moura (PCdoB) voltou a ocupar a tribuna para criticar o veto alegando desrespeito à Assembléia e desconhecimento por parte do governador do processo de negociação para aprovação do projeto. Almir Paraca (PT) lembrou que o assunto é de segurança alimentar e que o governo do Estado não pode transferir sua responsabilidade para o governo federal.

O deputado Padre João (PT) enfatizou que o projeto não entra em contradição com a legislação federal, "mas complementa-a, ao incluir especificidades do Estado como já fez o Rio Grande do Sul".

Defendendo a manutenção do veto, o deputado Jayro Lessa (DEM), disse que o tema já foi regulamentado na lei federal "que seguiu as mais importantes recomendações técnicas não só de organismos nacionais, como a Comissão Técnica de Biossegurança (CTBio), mas de organismos internacionais".

 

 

 

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