Comissão ouvirá secretário sobre problemas na Polícia Civil

A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais deverá promover, ainda em fevereiro, uma au...

07/02/2008 - 00:01
 

Comissão ouvirá secretário sobre problemas na Polícia Civil

A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais deverá promover, ainda em fevereiro, uma audiência para ouvir o secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior. A decisão foi tomada em reunião nesta quinta-feira (7/2/08). O objetivo é saber o que está sendo feito para solucionar o déficit de pessoal e a falta de infra-estrutura na Polícia Civil, bem como as providências tomadas para resolver problemas como fuga e morte de presos nas cadeias de Rio Piracicaba e Conselheiro Lafaiete, na região Central, e de Monte Belo, no Sul.

O requerimento que convida o secretário a prestar esclarecimentos sobre a composição do quadro de servidores da Polícia Civil é dos deputados Sargento Rodrigues (PDT), presidente; Carlos Pimenta (PDT), Antônio Júlio (PMDB) e Weliton Prado (PT). Antes de aprovado o requerimento, alguns parlamentares relataram problemas de violência em suas regiões e um quadro de carências na esfera da Polícia Civil. Por sugestão do presidente e após cobranças feitas ao governo pelo deputado Antônio Júlio, a comissão decidiu também abordar esse assunto na audiência - que havia sido solicitada originalmente por Rodrigues para resolver o caso das cadeias das regiões Central e do Sul.

No requerimento do presidente da comissão, também aprovado, o secretário é convidado a falar sobre os fatos ocorridos nas cadeias de Rio Piracicaba (morte de oito detentos queimados), Conselheiro Lafaiete (fuga de 23 presos) e Monte Belo (destruição da cadeia pelos detentos).

Deputados comentam - Na opinião do deputado Antônio Júlio, o governo precisa reconhecer as dificuldades na área da segurança pública e, especificamente, no âmbito da Polícia Civil. Ele relatou o caso de Pará de Minas, onde não há policiais para atender a população. "Não podemos achar que os números são mais importantes que os fatos", enfatizou. De acordo com ele, tem-se a impressão de que no Estado não há problema algum, se analisados os dados da Secretaria, "com aprovação da grande imprensa de Minas Gerais". As declarações de Antônio Júlio foram dadas depois que o deputado Carlos Pimenta solicitou que fosse agendada audiência em Montes Claros para discutir não somente a retomada das obras de construção do quartel do Corpo de Bombeiros, mas também a elevação do número de homicídios e da violência na cidade. Prevista em requerimento aprovado no ano passado, a audiência foi agendada para o dia 6 de março.

O deputado Sargento Rodrigues informou à comissão que o Sindipol, sindicato da categoria de policiais civis, relata o mesmo problema de déficit de pessoal em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ele lembrou que emenda constitucional determinou a aposentadoria aos 30 anos de serviço, o que tem contribuído para a saída de profissionais. Já o deputado Weliton Prado opinou que a situação em Uberlândia, no Triângulo, está caótica, com número reduzido de delegados e aumento da criminalidade. Ele informou que estará em obstrução permanente em Plenário, até que o governo sinalize com uma proposta de solução para o problema.

Outros requerimentos aprovados

* Do deputado Paulo Cesar (PDT), para que seja realizada audiência em Pitangui, na região Central, a fim de discutir alternativas para resolver os problemas de déficit de funcionários e de agentes policiais, bem como o alto índice de presos.

* Do deputado Durval Ângelo (PT), para que seja realizada reunião conjunta das comissões de Segurança e de Direitos Humanos, a fim de debater a questão de empresas clandestinas de segurança no Estado.

* Do deputado Célio Moreira (PSDB), para que seja encaminhada ao presidente do Congresso Nacional manifestação de apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 549/06, que exige para a carreira de delegado o mesmo sistema de proteção das carreiras jurídicas. Segundo o parlamentar, delegados, defensores e advogados públicos, promotores e juízes devem ser bacharéis em Direito para exercerem suas funções. Portanto, devem ter tratamento isonômico também no que se refere ao reconhecimento das carreiras como jurídicas. Ele cita a tramitação da PEC 14/07 na Assembléia, que antecipa os avanços da proposta federal. De autoria do deputado Sargento Rodrigues, a PEC estadual estende aos delegados as garantias funcionais inerentes aos defensores e procuradores.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Sargento Rodrigues (PDT), presidente; Carlos Pimenta (PDT), Antônio Júlio (PMDB) e Weliton Prado (PT).

 

 

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