Projeto que flexibiliza regras sobre Oscips é aprovado em 1o turno

O Projeto de Lei (PL) 755/07, do deputado Vanderlei Miranda (PMDB), que modifica regras de qualificação e funcionamen...

20/12/2007 - 00:00
 

Projeto que flexibiliza regras sobre Oscips é aprovado em 1o turno

O Projeto de Lei (PL) 755/07, do deputado Vanderlei Miranda (PMDB), que modifica regras de qualificação e funcionamento das organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), foi aprovado em 1º turno, na Reunião Extraordinária, da noite desta quarta-feira (19/12/07). A matéria, que tramita em regime de urgência, foi aprovada na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Administração Pública.

Os deputados aprovaram ainda, em turno único, o PL 1.737/07, do governador do Estado, que autoriza abertura de crédito suplementar no valor de R$ 142 milhões ao Tribunal de Justiça; e o PL 1.738/07, também do governador, que autoriza abertura de crédito de R$ 46,5 milhões em favor do Ministério Público. Esse projeto foi aprovado com restrições por alguns deputados, que desejam ser informados se a quantia não ultrapassa os gastos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Também foram aprovadas outras 16 proposições que tratam de doação de imóveis.

O PL 755/07 faz uma alteração ao caput do artigo 3º da Lei 14.870, de 16 de dezembro de 2003, em que para se qualificar como Oscip a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos tinha que estar constituída, e em atividade, há pelo menos dois anos. Com a alteração do artigo, proposta no projeto, esse tempo seria excluído, desde que os objetivos sociais e as normas estatuárias atendessem aos dispositivos da lei. O substitutivo nº 1, que anexa ao projeto o PL 1.582/07, do governador, que trata de assunto semelhante, absorve o texto de ambos os projetos.

A proposição do governador propõe uma alteração substancial na referida lei. Além de suprimir a exigência mínima de dois anos de funcionamento para que a entidade possa se qualificar como Oscip, o projeto continha várias inovações em relação às normas estatutárias da entidade interessada em obter esse título, à documentação que deve estar anexada ao pedido de qualificação, aos requisitos para a celebração de termo de parceria com o Estado, aos resultados atingidos pelas Oscips, entre outras.

As Oscips são entidades que não integram o aparelho burocrático do Estado, mas recebem uma qualificação estatal, com recursos orçamentários, bens públicos e até mesmo servidores cedidos pela administração pública. De acordo com o parecer, o PL tem dois objetivos básicos: ampliar o universo das entidades privadas sem fins lucrativos e estabelecer requisitos rigorosos e fiscalização do Estado sobre a ação delas.

Os deputados Carlin Moura (PCdoB) e André Quintão (PT) apresentaram críticas ao projeto, que permitiria a proliferação indevida das Oscips, e informaram que a bancada de oposição iria votar contrariamente.

Não houve acordo para votar o PL da Mata Seca

O presidente da Assembléia, deputado Alberto Pinto Coelho (PP) colocou em discussão o PL 1.116/07, da deputada Ana Maria Resende, que estabelece normas para o uso alternativo do uso do solo da Mata Seca. Não houve entendimento sobre o percentual dessas áreas que poderia ter uso agropecuário, e um acordo de líderes fez com que a proposição fosse retirada da pauta.

A requerimento do deputado Paulo Guedes (PT), foi adiada por cinco dias a votação do PL 1.677/07, do governador do Estado, que disciplina o Acordo de Resultados e o Prêmio por Produtividade no âmbito do Poder Executivo. Na prática, o projeto não será votado este ano.

Um requerimento do deputado João Leite (PSDB) ocasionou uma inversão de pauta para que o PL 1.093/07, do deputado Adalclever Lopes (PMDB), que amplia a área total da Estação Ecológica do Cercadinho, fosse votado por último. Outro requerimento, do deputado Sargento Rodrigues, levou o PL 1.676/07, do governador do Estado, a ser voltado em penúltimo lugar.

Justiça Militar -Essa proposição, que autoriza o Tribunal de Justiça Militar a abrir créditos suplementares ao seu orçamento para o exercício de 2007, foi severamente criticada pelos deputados Durval Ângelo (PT) e Sargento Rodrigues (PDT). Ângelo defendeu a extinção dessa Côrte, sob os argumentos de que seus juízes julgavam apenas dois processos por mês, enquanto os do Judiciário enfrentam até 200 processos por semana, e que a Justiça Militar tendia a absolver oficiais envolvidos em crimes de tráfico e assassinatos.

Rodrigues informou que, por ser sargento da reserva, estava sendo julgado à revelia por incitação a motim, em 2004, quando, no exercício do seu mandato de deputado, participou de campanha salarial da PM. A discussão estendeu-se para outros deputados, como Rêmolo Aloise (PSDB). Por falta de quórum, o presidente encerrou a reunião às 23h20, sem que fossem votados o PL da Justiça Militar e o da Reserva do Cercadinho, que o sucedia na pauta.

 

 

 

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