Estado pretende fortalecer Conselhos Tutelares

Os direitos humanos são prioridade para o governo mineiro, que investirá principalmente no fortalecimento dos Conselh...

10/12/2007 - 00:01
 

Estado pretende fortalecer Conselhos Tutelares

Os direitos humanos são prioridade para o governo mineiro, que investirá principalmente no fortalecimento dos Conselhos Tutelares. A informação foi prestada nesta segunda-feira (10/12/07), pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Custódio Mattos, na abertura do Debate Público 59 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O debate é uma promoção da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e Sedese, com o apoio de diversas entidades.

O fortalecimento dos Conselhos Tutelares, como prioridade da política de garantia dos direitos da criança e do adolescente, segundo o secretário, envolve as 300 cidades mais carentes do semi-árido mineiro (Norte e Vale do Jequitinhonha). Nessas cidades, os conselhos serão informatizados e receberão um veículo para ajudar em suas ações. Além disso, o governo mineiro finaliza pesquisa feita pela Fundação João Pinheiro sobre o trabalho infantil no Estado, numa parceria com 21 municípios. Essa pesquisa irá orientar a ação de combate ao trabalho infantil.

Outras ações citadas pelo secretário Custódio Mattos são as políticas de proteção à criança e ao adolescente em risco de morte; e uma campanha de comunicação a ser veiculada em breve, sobre a exploração sexual de menores de idade. Mattos enfatizou o trabalho desenvolvido pela Subsecretaria de Direitos Humanos, que trabalha em parceria com as entidades organizadas da sociedade civil.

O subsecretário de Direitos Humanos, ex-deputado João Batista de Oliveira, reiterou a política de parceria com a sociedade civil da subsecretaria, por meio dos diversos conselhos, e reafirmou o compromisso do governo mineiro de "não transigir com os direitos humanos". Assim como o secretário Custódio Mattos, João Batista de Oliveira destacou que o Estado já avançou muito em conquistas na área, mas reconheceu que muito ainda precisa ser feito, "principalmente junto a escolas e creches, aparatos de Estado apontados por pesquisa nacional, como os dois ambientes onde mais são violados os direitos básicos em todo o País ", acrescentou.

Outros direitos incluídos na estrutura do Estado

O ouvidor-adjunto da Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais, Agílio Monteiro Filho, falou sobre a estrutura e funcionamento da instituição. Segundo ele, a instituição encontra-se muito bem organizada, na medida que possui a Ouvidoria Geral e as especializadas, como as de saúde, educação e de polícia. "Essa estrutura é um diferencial em relação aos outros Estados", disse. Para Agílio Monterio, a Ouvidoria Geral é responsável por estabelecer um canal de comunicação com a população, ajudando na luta pela defesa dos direitos humanos.

Ainda na abertura, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), autor do requerimento pela realização do debate público, considerou que a defesa dos direitos humanos depende, basicamente, de três elementos: a sociedade organizada, a transformação dos direitos em políticas públicas e o comprometimento do Judiciário com a questão. Durval Ângelo afirmou que esses elementos são fundamentais para a construção de uma sociedade que respeite os direitos humanos.

A defensora pública federal, Gieda Cristina Pinto Moreira, defendeu investimentos com o objetivo de melhorar a estrutura da Defensoria Pública. Para ela, a instituição possui hoje uma estrutura precária, o que impossibilita o acesso da população à justiça. Gieda Moreira também considerou importante pressionar o Estado para que garanta os direitos da população à saúde e moradia.

Já a presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Emely Vieira Salazar, lembrou que a violação dos direitos humanos acontece diariamente na sociedade brasileira. Para ela, é importante que cada um se coloque no lugar das pessoas que estão tendo seus direitos violados, das pessoas que não possuem uma moradia, que se encontram na porta dos hospitais ou em um presídio.

O debate público foi aberto com a leitura da Declaração dos Direitos Humanos, pela recuperanda da Penitenciária Feminina Estêvão Pinto, Marlene Coutinho.

 

 

 

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