Contas do governador de 2006 estão prontas para o Plenário

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta ...

06/12/2007 - 00:00
 

Contas do governador de 2006 estão prontas para o Plenário

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta quinta-feira (6/12/07), parecer favorável em turno único ao Projeto de Resolução 1.826/07, de autoria dessa mesma Comissão, que aprova as contas do governador do Estado referentes a 2006. Também foram aprovados parecer favorável de 1º turno ao PL 1.524/07, que obriga a disponibilização de bulas em braille nas farmácias, e pareceres de 2º turno a mais dois projetos que autorizam o Estado a doar imóveis que especifica.

A polêmica sobre o cumprimento, pelo governo do Estado, do mínimo constitucional de gastos com a saúde monopolizou o debate sobre as contas do governador. A líder do PT, deputada Elisa Costa, apresentou a emenda nº 1 ao PRE 1.826/07, que faz uma ressalva aos itens da prestação de contas que se referem ao cumprimento desse mínimo constitucional.

O relator, deputado Agostinho Patrús Filho (PV), recomendou a aprovação do projeto e a rejeição da emenda nº 1, argumentando que a Emenda 29 à Constituição Federal, aprovada em 2000, que instituiu os percentuais mínimos de investimento em saúde, ainda não foi regulamentada pelo Congresso. Os integrantes da Comissão acataram o relatório, com exceção da deputada Elisa Costa, que votou contrariamente.

Ao discutir o projeto, a líder do PT ressaltou alguns pontos que foram incluídos pelo governo do Estado na contabilização de gastos com saúde: compra de sementes e mudas de plantas e insumos para a Polícia Militar; passagens para servidores da Secretaria de Estado de Defesa Social e investimentos feitos pela Copasa com recursos provenientes das tarifas cobradas pela empresa à população. "A receita proveniente das tarifas não pertencem ao orçamento fiscal, e não se pode aceitar que ela seja incluída no cálculo do mínimo constitucional", argumentou a deputada.

O deputado Sebastião Helvécio (PDT) afirmou que as críticas da deputada Elisa aos itens incluídos pelo Estado no cálculo dos investimentos em saúde se baseiam em parâmetros definidos pelo Conselho Nacional de Saúde, que não têm força legislativa. Ele criticou a legislação por impor uma vinculação de receita aos Estados e municípios mas não fazer o mesmo em relação à União. "O governo federal só precisa aplicar em saúde o correspondente à variação do PIB", afirmou o parlamentar.

O deputado Weliton Prado (PT) lembrou que o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais já encaminhou solicitação ao governador para que adeqüe os gastos com a saúde aos pressupostos legais. Já o deputado Jayro Lessa (DEM) afirmou que a má gestão de recursos é a maior responsável pelos problemas da saúde no Brasil.

Obrigatoriedade de bulas em braille vai ao Plenário

O Projeto de Lei (PL) 1.524/07, do deputado Wander Borges (PSB), que obrigaria as farmácias a manterem, para consulta, um exemplar de bula transcrito em braille para cada medicamento comercializado, obteve parecer favorável de 1º turno da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, recomendando sua aprovação na forma do substitutivo n° 1, apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) .

O substitutivo salienta que tal serviço já é oferecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, inclusive com gravação em áudio e, que, portanto, o comerciante só será obrigado a fazê-lo mediante solicitação do comprador e que ofereça o meio para a gravação. O projeto foi relatado pelo deputado Sebastião Helvécio (PDT).

Imóveis - Também foram aprovados pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária pareceres favoráveis de 2º turno a dois projetos que autorizam a doação de imóveis pelo Estado. O PL 524/07, de autoria do deputado Dinis Pinheiro (PSDB), autoriza a doação ao município de Jequeri. O relator foi o deputado Antônio Júlio (PMDB). Já no caso do PL 1.404/07, de autoria do deputado Mauri Torres (PSDB), o município beneficiado é Nova Era. A proposta foi relatada pelo deputado Agostinho Patrús Filho (PV).

Exclusão da pauta - Foram retirados de pauta, por falta de pressupostos regimentais, o PL 1.584/07, de autoria do governador, que dispõe sobre o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos; o PL 1.745/07, que autoriza o Estado a doar imóvel ao município de Claro dos Poções; e o PL 1.854/07, que altera as leis 11.730, de 1994, 15.301, de 2004, 15.470 e 15.961, de 2005, revoga dispositivo da Lei 8.511, de 1983, e dá outras providências. As leis modificadas pelo último projeto referem-se aos planos de carreiras do Poder Executivo.

Pedido de vista - A líder do PT, deputada Elisa Costa, pediu vista dos pareceres relativos ao PL 1.583/07, que altera a Lei 14.940, de 2003, que institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais; e ao PL 1.770/07, que altera as leis delegadas 123, 174 e 175, de 2007. As três leis delegadas dispõem, respectivamente, sobre a estrutura orgânica da Secretaria de Estado de Fazenda, sobre o Grupo de Direção e Assessoramento do Quadro Geral de cargos de provimento em comissão e as funções gratificadas da administração direta do Poder Executivo, e sobre o Grupo de Direção e Assessoramento do Quadro Geral de Cargos de Provimento em Comissão e as funções gratificadas da administração autárquica e fundacional do Poder Executivo.

Adiamento - Por decisão do presidente da Comissão, foi suspensa a reunião até as 17 horas para que se buscasse entendimento a respeito do PL 1.585/07, que altera a Lei 6.763, de 1975, que consolida a legislação tributária do Estado; do PL 1.760/07, que dispõe sobre o quadro de cargos dos Serviços Auxiliares da Secretaria do Tribunal de Contas do Estado; e do PL 596/07, que altera a Lei 5.960, de 1972, que consolida a legislação tributária do Estado de Minas Gerais.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente da Comissão; Jayro Lessa (DEM), vice-presidente; Agostinho Patrús Filho (PV), Antônio Júlio (PMDB), Sebastião Helvécio (PDT), Célio Moreira (PSDB), Weliton Prado (PT), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Gilberto Abramo (PMDB), Paulo Cesar (PDT) e Carlin Moura (PCdoB); deputada Elisa Costa (PT).

 

 

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