Comissões discutem novas regras para oscips

A mudança nas regras de qualificação e funcionamento das organizações da sociedade civil de interesse público (oscips...

03/12/2007 - 00:00
 

Comissões discutem novas regras para oscips

A mudança nas regras de qualificação e funcionamento das organizações da sociedade civil de interesse público (oscips), proposta pelo Projeto de Lei (PL) 1.582/07, do governador, anexado ao PL 755/07, do deputado Vanderlei Miranda (PMDB), será o assunto discutido em reunião conjunta na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (5/12/07), às 10 horas. Participam da reunião, a ser realizada no Plenarinho I, os integrantes das comissões de Administração Pública e de Participação Popular.

Responsável pelo requerimento para realização da reunião, o deputado André Quintão (PT) critica alguns pontos do projeto original apresentado pelo governador, tais como o fim da exigência de um tempo mínimo de dois anos de atividade para que a instituição seja qualificada como Oscip, a alteração do artigo que prevê o acompanhamento das oscips pelos conselhos estaduais de políticas pública, a dispensa do processo de seleção para credenciamento e a extinção da exigência de previsão detalhada de receita e despesa.

As oscips são entidades que não integram o aparelho burocrático do Estado, mas recebem uma qualificação estatal, com recursos orçamentários, bens públicos e até mesmo servidores cedidos pela administração pública. Em reunião realizada em 21 de novembro, a Comissão de Administração Pública aprovou parecer de 1º turno favorável ao PL 755/07, na forma do substitutivo nº 1, apresentado pelo relator, deputado Ademir Lucas (PSDB). O substitutivo absorveu o texto do PL 1.582/07, de autoria do governador. "Unimos o que havia de melhor nos dois projetos", afirmou o relator, na época.

O PL 755/07 faz uma alteração no caput do artigo 3º da Lei 14.870, 16 de dezembro de 2003, onde, para qualificar-se como Oscip, a pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos tinha que estar constituída, e em atividade, há pelo menos dois anos. Com a alteração proposta, esse tempo seria excluído, desde que os objetivos sociais e as normas estatuárias atendessem aos dispositivos da Lei.

Já o PL 1.582/07 propõe uma alteração substancial na referida lei. Além de suprimir a exigência mínima de dois anos de funcionamento para que a entidade possa se qualificar como Oscip, o projeto continha várias inovações, em relação às normas estatutárias da entidade interessada em obter esse título, à documentação que deve estar anexada ao pedido de qualificação, aos requisitos para a celebração de termo de parceria com o Estado, aos resultados atingidos pelas oscips, entre outras.

Convidados - Estão convidados a participar do debate a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; o procurador-geral de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional ao 3º Setor, Tomás Aquino Rezende; a secretária-adjunta de Assistência da Prefeitura de Belo Horizonte, Rosilene Cristina Rocha; o diretor da Coordenação Intersindical, Renato Barros; e a coordenadora do Sindisaúde, Berenice de Freitas.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715