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Comissões se reúnem com Cemig e Sindieletro para debater
terceirização
Na próxima quarta-feira (28/11/07), às 15h45, será
realizada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma
audiência pública conjunta das Comissões de Participação Popular e
do Trabalho, da Previdência e da Ação Social para debater a
terceirização da mão-de-obra na Cemig e a campanha salarial dos
eletrecitários mineiros em 2007. A reunião foi requerida pelo
deputado Carlin Moura (PCdoB).
De acordo com o Sindieletro, sindicato que reúne os
eletricitários mineiros, nos últimos anos os repasses de lucros para
os acionistas da Cemig foram elevados em 694%. Por outro lado, os
eletricitários tiveram reajustes salariais muito próximos da
inflação e ganho real baixo. Em 2000, ainda de acordo com o
Sindieletro, a companhia investia 13,97% do faturamento com pessoal.
Já em 2006, o percentual caiu para 9,35%.
Em reunião realizada em junho na Assembléia, pelas
comissões de Direitos Humanos e do Trabalho, da Previdência e da
Ação Social, representantes dos eletricitários pediram o fim da
terceirização na Cemig e culparam esse procedimento pelo aumento do
número de mortes de funcionários próprios e terceirizados na
empresa. De acordo com o Sindieletro, entre 1999 e 2007, a companhia
registrou 68 vítimas fatais, sendo 20 funcionários próprios e 48 de
empresas terceirizadas.
Números apresentados pelo Sindieletro na ocasião
mostraram ainda que a Cemig é líder em acidentes graves e fatais no
setor elétrico, o que foi negado pelo superintendente de Recursos
Humanos da companhia, Ricardo Luiz Diniz Gomes. O representante da
Cemig admitiu, porém, o aumento do número de ocorrências nos últimos
anos, mas relacionou o fato à pressão gerada pelo Programa Luz para
Todos, de eletrificação rural.
Convidados - Foram
convidados para a audiência pública o diretor-presidente da Cemig,
Djalma Bastos de Morais; a procuradora do Ministério Público (MP),
Luciana Marques Coutinho e o coordenador geral do Sindieletro-MG,
William Vagner Moreira.
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