Comissão apura más condições da cadeia pública de Coronel
Fabriciano
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais, representada por seu presidente,
deputado Durval Ângelo (PT), participou, na manhã desta sexta-feira
(23/11/07), do 7º Encontro de Prevenção do Crime e Justiça Penal do
Vale do Aço, na Câmara Municipal de Ipatinga. O evento foi promovido
pela Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, de Ipaba. O deputado
visitou também a cadeia pública de Coronel Fabriciano, onde estão
detidos 187 homens em regime fechado, 12 albergados e 16
mulheres.
"As condições ali são das piores que já vimos nas
cadeias do Estado", relata o deputado. "A comida é tão ruim que,
numa cela de 22 homens, contamos 17 marmitas intactas, exalando um
cheiro repugnante. Os próprios presos improvisam refeições dentro
das celas. Estamos informados de que apenas duas ou três empresas
venceram todas as licitações para fornecimento de marmitas para o
sistema carcerário e deviam fornecer comida de qualidade, porque são
muito bem pagas", acusou o parlamentar.
Durval Ângelo apurou que as condições de
insalubridade atingem até os alojamentos dos policiais civis que
fazem a guarda dos presos, e que a questão processual vai exigir um
mutirão da Defensoria Pública, para apurar quem tem direito à
progressão ou liberdade condicional. "Pretendemos provocar o
Ministério Público a exigir a interdição dessa cadeia", anunciou o
deputado.
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