Projetos de crédito suplementar têm pareceres favoráveis

Dois projetos de lei (PLs) que autorizam abertura de créditos suplementares receberam nesta quinta-feira (22/11/07) p...

22/11/2007 - 00:01
 

Projetos de crédito suplementar têm pareceres favoráveis

Dois projetos de lei (PLs) que autorizam abertura de créditos suplementares receberam nesta quinta-feira (22/11/07) pareceres favoráveis da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), ampliada com a participação de membros das comissões permanentes da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O PL 1.676/07 autoriza o Tribunal de Justiça Militar (TJM) a suplementar seu orçamento para 2007 em até 5%, o que equivale a R$ 1.324.247,00. Já o PL 1.737/07 autoriza o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a abrir suplementação de R$ 141.971.144,65 - valor elevado para R$ 161.971.144,65 por meio de emenda do governador. As duas proposições são do governador e seguem agora para apreciação do Plenário, em turno único.

O PL 1.676/07 recebeu parecer pela aprovação com emenda nº 1, do deputado Arlen Santiago (PTB). O relator, deputado Sebastião Helvécio (PDT), informou que, para abertura dos créditos solicitados, serão utilizados recursos provenientes da anulação de dotações orçamentárias próprias. "Trata-se, portanto, de remanejamento de dotações", diz o texto. Originalmente, o projeto prevê que esse remanejamento deverá restringir-se aos respectivos grupos de despesa. Mas a emenda nº 1 acrescenta a autorização para que o grupo de despesa "investimentos" possa ser suplementado. A emenda foi acatada pelo relator em função de não alterar o limite total de suplementação previsto no projeto.

O parecer sobre o PL 1.737/07, que beneficia o TJMG, incorporou a emenda nº 2, do governador, que elevou o valor a ser suplementado, tendo em vista reestimativa realizada pelo Tribunal. Conforme discriminado na proposição original, os créditos destinam-se às despesas de pessoal e encargos sociais (R$ 127,5 milhões) e outras despesas correntes (R$ 14,47 milhões). Essa destinação fica mantida, já que a emenda altera apenas os valores. Para atender às despesas, de acordo com o projeto, serão utilizados, entre outros, recursos provenientes do excesso de arrecadação previsto para 2007, no valor de R$ 74,2 milhões; e do excesso de arrecadação de contribuições patronais e de servidores para o Fundo Financeiro de Previdência (Funfip), que totalizam R$ 20,8 milhões.

Em seu parecer, o deputado Agostinho Patrús Filho (PV) não acatou a emenda nº 1, do deputado Durval Ângelo (PT), que propõe a destinação dos recursos preferencialmente para pagamento dos subsídios dos juízes de paz, para pagamento da diferença de vencimentos atrasados dos servidores do Poder Judiciário e dos subsídios atrasados dos magistrados de 1º grau. O relator argumentou que a emenda fere a autonomia do TJMG. Votada em destaque, a emenda recebeu parecer pela rejeição, com voto contrário do deputado Lafayette de Andrada (PSDB) e da deputada Elisa Costa (PT).

Lafayette de Andrada argumentou que a emenda nº 1 é procedente, uma vez que pretende garantir pagamentos previstos em leis votadas pela ALMG, mas que vêm sendo descumpridas pelo TJMG. Também Elisa Costa afirmou que a lógica do pagamento preferencial é a mesma usada em projetos já aprovados, como o dos precatórios alimentícios pagos preferencialmente a idosos. O presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB), enfatizou, porém, que os recursos usados para pagamento de precatórios são do Tesouro, e não do orçamento de um órgão como o TJMG.

Já o deputado Jayro Lessa (DEM) sugeriu envio de correspondência da comissão ao Tribunal, com pedido de prioridade para os servidores listados na emenda de Durval Ângelo. Requerimento com esse teor, proposto pelo deputado Lafayette de Andrada, foi aprovado no final da reunião.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente da comissão; Jayro Lessa (DEM), vice-presidente; Agostinho Patrús Filho (PV); Lafayette de Andrada (PSDB); Sebastião Helvécio (PDT) e deputada Elisa Costa (PT).

 

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