Comissão discute prevenção às vítimas do trânsito e das
estradas
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais promove, nesta terça-feira (20/11/07),
audiência pública para debater as propostas de prevenção às vítimas
do trânsito e das estradas mineiras. A reunião, marcada para às 9
horas, no Plenarinho II, atende a requerimento dos deputados Durval
Ângelo (PT), presidente da comissão, e João Leite (PSDB). Os
deputados solicitaram este debate tendo em vista a data de 18 de
novembro, lembrada como Dia Mundial em Memória das Vítimas de
Trânsito.
De acordo com dados do Relatório Mundial sobre
Prevenção de Acidentes no Trânsito, Organização Mundial de Saúde
(OMS), os acidentes nas estradas mataram um 1,200 milhão pessoas no
último ano, deixando 50 milhões feridas, cujos cuidados médicos
custaram US$ 65 bilhões. A OMS indica que os acidentes rodoviários
são a segunda principal causa da morte de jovens até 29 anos e a
terceira causa entre pessoas de 30 a 44 anos de idade. Este quadro
ainda deve se agravar nos países de baixa renda até 2020.
No Brasil, a situação das estradas também preocupa.
Segundo levantamento feito pelo gabinete do deputado João Leite,
obtido no site da Confederação Nacional de Trânsito (CNT), 74% das
rodovia do País têm problemas como asfalto precário, desnível de
pista ou sinalização deficiente. Durante 40 dias, a CNT pôs 15
equipes técnicas para analisar o asfalto dos 87.592 km de rodovia do
País. Observaram o estado do pavimento; geometria da pista; sinais
de trânsito; disponibilidade de postos de gasolina e borracharias;
balanças de pesagem de carga; postos de cobrança de pedágio e da
Polícia Rodoviária.
A partir deste estudo, concluiu-se que só 26,1%
(22.893 km) das estradas nacionais merecem avaliação positiva -10,5%
estão em "ótima" situação; 15,6% acham-se em "boas" condições. O
restante das vias-73,9% (64.699 km)- impõe aos motoristas algum tipo
transtorno; 40,8% (35.710 km) receberam menção "regular", 22,1%
(19.397 km) foram à coluna "ruim" e 11,0% (9.592 km) amargaram um
"péssimo". Roraima é o Estado em que as estradas encontram-se em
piores condições. Ali, 68,9% das rodovias foram consideradas ruins
ou péssimas. Na outra ponta do ranking está São Paulo, onde 73,3%
das vias receberam a menção boa ou ótima.
Foram convidados para a reunião a subsecretária da
Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação, Raquel
Elizabete de Souza Santos; o inspetor da Polícia Rodoviária Federal,
Aristides Amaral Júnior; a chefe do Núcleo de Educação para o
Trânsito do DER/MG, Rosely Fantoni; a Coordenadora do Núcleo de
Humanização do Trânsito e Meio Ambiente - Newton Paiva, Rosana
Antunes; o médico cirurgião do Hospital Odilon Behrens, Bruno
Belezia; e a vítima de acidente de trânsito, Daniel Gonçalves
Brito.
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