Vice-presidente da Fiat recebe título de cidadão
honorário
O Grupo Fiat no Brasil é hoje um conglomerado de 15
empresas, com mais de 31 mil funcionários. A mais importante é a
montadora de automóveis de Betim, a maior do Brasil e da América
Latina. O vice-presidente desse gigante empresarial, Valentino
Rizzioli, que veio da Itália para o Brasil há quase 40 anos, foi
homenageado com o título de cidadão honorário de Minas Gerais,
concedido pelo Governo de Minas e entregue em solenidade realizada
no Plenário da Assembléia Legislativa na noite da última
segunda-feira (12/11/07).
O título de cidadão honorário foi proposto pelo
então deputado Agostinho Patrús, ex-presidente da Assembléia no
período 1995/96. O deputado Agostinho Patrús Filho (PV) fez o
discurso de homenagem, revelando que Rizzioli nasceu na região do
Rovigo, Norte da Itália, e veio para o Brasil em 1969, para
implantar uma fábrica de tratores. Com exceção de cinco anos que
morou em Chicago, Rizzioli tornou-se mineiro por adoção. Seus filhos
Cláudio e Fábio são mineiros, casados com mineiras, e sua esposa
Silvana dirigiu a Fundação Torino. Não é apenas um executivo, mas
fazendeiro em Paraopeba, onde conduz a Fazenda Pantanal.
Hoje Valentino Rizzioli é vice-presidente do Fiat
Group e presidente da Case New Holland, formada pela aquisição de
várias fábricas de implementos agrícolas. A importância desse
segmento para a economia rural mineira se mede pela presença do
secretário de Agricultura, Gilman Viana, na Mesa, e do ex-ministro
Alysson Paulinelli na platéia. Outras presenças significativas foram
do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, e do
presidente do Indi-MG, Eduardo Lery Vieira.
Rizzioli disse que sempre se sentiu mineiro por
afinidade, integrado à cultura do Estado e à índole hospitaleira,
discreta e de bom coração dos mineiros. "Hoje me tornou um autêntico
mineiro, por escolha e por adoção. A família Rizzioli cresceu aqui e
a da Fiat também", disse ele, revelando, com bom humor, que quando
aqui chegou dizendo que iria implantar uma fábrica da Fiat, os
mineiros pensaram que se tratava de fósforos da Fiat Lux. Entre os
expoentes de Minas que mais admira, citou o Aleijadinho, Carlos
Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Fernando Sabino, Juscelino
Kubitschek e Tancredo Neves.
O presidente da Assembléia, deputado Alberto Pinto
Coelho (PP), disse que a chegada da Fiat transformou profundamente a
economia mineira. Descreveu o ambiente geográfico e histórico de
cultura etrusca da pequena cidade italiana onde nasceu o
homenageado, elogiou a gestão de Silvana Rizzioli à frente da
Fundação Torino e a relação telúrica que Valentino estabeleceu com
suas terras em Paraopeba. "Homenageamos aqui um amigo generoso e
verdadeiro", afirmou o presidente.
Presenças: Além dos
citados, compuseram a Mesa o vice-presidente da Fiemg, Luiz Augusto
de Barros; o vice-presidente da ACMinas, Roberto Luciano Fagundes; o
cônsul da Itália, Bryan Bolasco; o presidente do Corpo Consular da
Síria, Lycio Cadar. Na platéia, os deputados Doutor Viana (DEM),
Wander Borges (PSB), Antônio Júlio (PMDB) e Ademir Lucas (PSDB). O
violonista Alieqsey Vianna e o saxofonista Kleber Alves tocaram
"Para Lennon e McCartney", em homenagem a Rizzioli.
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