Audiência do PPAG termina nesta quinta (8) à tarde, na Assembléia

Termina nesta quinta-feira (8/11/07) à tarde, em Plenário, a audiência promovida pela Assembléia Legislativa de Minas...

07/11/2007 - 00:00
 

Audiência do PPAG termina nesta quinta (8) à tarde, na Assembléia

Termina nesta quinta-feira (8/11/07) à tarde, em Plenário, a audiência promovida pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais e governo para colher sugestões a fim de aprimorar o programa de obras e investimentos do Executivo para os próximos quatro anos. É o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2008/2011, que começou a ser debatido na última terça pelos movimentos sociais, autoridades e setor produtivo. Grupos de trabalho se reuniram para discutir o plano com os gerentes de seus 57 projetos estruturadores e para apresentar sugestões de mudança. São projetos nas áreas de saúde, educação, segurança e meio ambiente, entre outros. Somente no primeiro dia, quando atuaram quatro grupos com 477 inscritos, cerca de 200 propostas foram apresentadas. As atividades dos grupos prosseguem nesta quarta (7) e na quinta pela manhã.

A plenária terá início às 14 horas, com a apresentação das propostas dos grupos. O evento terá a presença do secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Bernardo Tavares de Almeida. O coordenador da plenária será o presidente da Comissão de Participação Popular (CPP), deputado André Quintão (PT). Às 16 horas, as sugestões serão entregues a ele e ao presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), deputado Zé Maia (PSDB). A CPP analisará as propostas da audiência da Capital e também as 157 sugestões das audiências de Araçuaí (Vale do Jequitinhonha/Mucuri), Frutal (Triângulo) e Juiz de Fora (Zona da Mata). As propostas pertinentes serão encaminhadas à FFO, encarregada de apreciar o plano plurianual - que tramita sob a forma do Projeto de Lei (PL) 1.615/07. O relator é o deputado Lafayette de Andrada (PSDB).

Atendimento ao jovem, defesa social, saúde e investimento na produção são discutidos

Na manhã desta quarta-feira (7), quatro grupos discutiram as seguintes áreas de resultados, que se desdobram em projetos estruturadores: Protagonismo Juvenil (142 inscritos); Defesa Social (115 inscritos); Vida Saudável (85 inscritos) e Investimento e Valor Agregado da Produção (98 inscritos). O deputado André Quintão, coordenador do grupo que discutiu Protagonismo Juvenil, avaliou que o desafio dos participantes é promover a melhor distribuição de recursos entre os diferentes projetos estruturadores, a fim de fortalecer as políticas públicas na área social e fazê-las chegar ao maior número de pessoas. Ele citou o exemplo da merenda escolar para o ensino médio, prevista para o turno noturno no PPAG. O grupo de trabalho sugere a ampliação da oferta para todo o ensino médio. Outras sugestões são integrar os projetos Escola em Tempo Integral e Minas Sem Fome e ampliar o volume de recursos destinados aos Centros de Referência de Assistência Social.

O deputado Sargento Rodrigues (PDT), coordenador do grupo que discutiu Defesa Social, indagou do secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, qual o planejamento de interiorização da integração dos bancos de dados da segurança pública. Também quis saber os investimentos previstos para a Polícia Civil na região de atuação do cinturão da segurança pública. Esse cinturão congrega 135 municípios localizados na divisa de Minas com outros estados, que têm recebido viaturas, equipamentos e armas para melhor aparelhar a Polícia Militar.

Em resposta, o secretário de Defesa Social informou que a integração dos bancos de dados acontecerá com a implantação das Regiões Integradas de Segurança Pública. Segundo ele, cinco já estão licitadas para atender ao interior e, em 2008, mais cinco serão licitadas. Quanto ao cinturão de segurança pública, ele explicou ao grupo de trabalho que o foco são os policiais militares, encarregados do policiamento ostensivo. Mas defendeu que a Secretaria tem repassado recursos também para a Polícia Civil. O PPAG prevê R$ 2 bilhões de investimentos na Defesa Social.

Os deputados Carlos Mosconi (PSDB) e Hely Tarqüínio (PV), presidente e vice da Comissão de Saúde, coordenaram o grupo que discutiu a área de resultado Vida Saudável, que também teve a presença do deputado Ruy Muniz (DEM). Os representantes dos movimentos sociais cobraram do governo mais transparência e informações, a fim de dar subsídios à população para promover o controle social das atividades. Também foi apontada a dificuldade de coletar dados corretos e sistematizá-los, a fim de promover monitoramento adequado da efetividade das políticas públicas.

O gerente do projeto estruturador Viva Vida, José Maria Borges, admitiu que existe um gargalo no Estado quanto ao controle, à avaliação e à auditoria dos programas de governo. Apontou, por outro lado, avanços na implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). O Viva Vida pretende reduzir a mortalidade infantil por meio do planejamento familiar, atenção ao pré-natal, parto, puerpério e ao recém-nascido e crianças até um ano. A meta governamental é reduzir a mortalidade infantil dos atuais 16,1 por mil nascidos vivos para 8 por mil, em 2023.

O quarto grupo de trabalho a se reunir na manhã desta quarta foi o que discutiu a área de resultado Investimento e Valor Agregado da Produção, que terá recursos de R$ 2,3 bilhões e que pretende aumentar a participação de Minas no PIB nacional dos atuais 9,8% para 11,8%, em 2023. Breno Duarte, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), apresentou o projeto estruturador Descomplicar - Melhoria do Ambiente de Negócios, que pretende facilitar a abertura, o funcionamento e o fechamento de empresas, entre outras metas. A proposta do PPAG é reduzir o prazo de abertura de empresa dos atuais 8 dias para 2 dias, em 2010. Esse prazo começa a contar a partir da entrega de toda a documentação necessária.

Outra meta do Descomplicar é reestruturar física e operacionalmente as 26 unidades do Posto de Serviço Integrado Urbano (Psiu) em Minas. Além dessa reestruturação, a idéia é criar pacotes de serviços adequados ao tamanho e às demandas do posto. Para se ter uma idéia do que um Psiu pode oferecer à população, o posto de Belo Horizonte reúne diversas instituições, como Ministério Público, Procon, PM e Secretaria de Estado da Fazenda. Participou desse grupo de trabalho o deputado Sebastião Helvécio (PDT).

 

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