Grande Loja congrega 20 mil maçons em Minas
Gerais
A Grande Loja Maçônica de Minas Gerais completou 80
anos de fundação. A data foi comemorada no Plenário da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais, na noite desta segunda-feira
(06/11/07), por iniciativa do deputado Sargento Rodrigues (PDT), em
solenidade presidida pelo deputado Domingos Sávio (PSDB). Ambos
pertencem à Maçonaria.
Rodrigues esclareceu que a Maçonaria não é uma
religião, mas uma associação de "homens livres de todas as raças e
credos, que desejam contribuir para o bem da família, da pátria e da
sociedade, buscando o crescimento em sintonia com o ser humano". Ele
destacou a participação da Maçonaria nos movimentos cívicos
libertários de maior importância, como a Queda da Bastilha, a
Independência das 13 colônias norte-americanas, a Inconfidência
Mineira e a Independência do Brasil. Lembrou que o escultor
Francisco Lisboa, o Aleijadinho, era grau 33, o mais alto grau da
Maçonaria. Disse que, em Minas, há 17 mil maçons congregados em 310
lojas.
Compuseram a Mesa os dois mais graduados líderes da
Grande Loja, o grão-mestre Antônio José dos Santos, que é chamado
"sereníssimo", e o 1º vigilante Jamir Adir Moreira, qualificado como
"poderoso". O grão-mestre considerou a Assembléia um "ponto de
referência e distribuição de forças para o bem da sociedade", e, por
isso, tem muitos pontos de identificação com a missão da Maçonaria.
Entre os maçons de maior relevo, citou Dom Pedro I, que era
grão-mestre no episódio da Independência, e os líderes Joaquim
Gonçalves Ledo e Bonifácio Andrada. Elogiou ainda o deputado federal
Paulo Piau como maçom que levantou a bandeira da ética na
política.
O presidente da solenidade, deputado Domingos
Sávio, aproveitou o mote do grão-mestre para manifestar sua
preocupação com a ameaça que estaria pairando sobre os valores da
democracia ainda não consolidados. Criticou o autoritarismo do
governo Chávez na Venezuela e conclamou os maçons a lutarem contra
essas ameaças, considerando que "a liberdade está em perigo. A
democracia que sonhamos ainda não se instalou", disse. Sávio afirmou
que a Assembléia e a Maçonaria partilham os mesmos princípios,
porque buscam construir uma sociedade livre e praticar a
fraternidade universal. Pelos cálculos do deputado, são 20 mil os
maçons mineiros, reunidos em 288 lojas e dois triângulos.
A solenidade teve ainda uma apresentação dos jovens
da Ordem Demolay, que acenderam sete velas e explicaram que cada uma
significava um dos pilares da crença maçom, detalhando esses
princípios. Compuseram a mesa, além dos já citados, o prefeito de
Camanducaia (MG), Célio de Faria Santos, e o Coronel Evandro
Bartolomey Vidal, representante da 4ª Região Militar.
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