Projeto sobre recursos administrativos tributários avança na FFO

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais deu parecer favorável,...

06/11/2007 - 00:00
 

Projeto sobre recursos administrativos tributários avança na FFO

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais deu parecer favorável, em 2º turno, ao Projeto de Lei (PL) 1.446/07, do governador, que revoga o artigo 22, da Lei 14.699, de 2002, sobre as formas de extinção e garantias de crédito tributário. O dispositivo a ser suprimido diz respeito à obrigatoriedade da formulação de depósito prévio para interposição de recursos em processos administrativos tributários.

O parecer do deputado Lafayette de Andrada (PSDB), redistribuído ao deputado Doutor Rinaldo (PSB), foi votado na reunião desta terça-feira (06/11/07). De acordo com o documento, a aprovação do projeto é "plenamente justificável", uma vez que a exigência de depósito para aqueles que desejam recorrer administrativamente em relação à cobrança de um imposto "fere o princípio constitucional da isonomia e o amplo direito de defesa do contribuinte".

Além disso, segundo o relator, do ponto de vista financeiro-orçamentário, a proposição não encontra obstáculos, pois o "pagamento que deixa de ser exigido não constitui receita do Estado, por se referir a um depósito prévio e não a um crédito tributário definitivo, sobre o qual ainda cabe discussão nas esferas administrativa e judiciária".

Deficientes físicos - Outro projeto com parecer pela aprovação foi o 18/07, do deputado Eros Biondini (PHS), que obriga shoppings, supermercados e hipermercados a fornecerem gratuitamente veículos motorizados para facilitar a locomoção de deficientes físicos e idosos.

A proposição tramita em primeiro turno e, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), recebeu o Substitutivo no 1, para garantir a oferta gratuita de "qualquer veículo que facilite a locomoção" de idosos e deficientes físicos em edifícios de uso público. Com essa alteração, o projeto passou a alterar a Lei 11.666, de 1994, que, na época, tornou obrigatória a oferta de cadeiras de rodas para idosos e deficientes em edifícios públicos.

O parecer do deputado Ruy Muniz (DEM) seguiu a opinião da CCJ, ao afirmar que a "medida proposta pode ser até boa para esses estabelecimentos, por marcar um diferencial, em um mercado cada vez mais concorrido". Segundo o relatório, o Substitutivo nº 1 da CCJ "tem o grande mérito de deixar a cargo do estabelecimento comercial a decisão de disponibilizar uma cadeira de rodas convencional ou uma motorizada".

Rejeição - O PL 184/07, do deputado Gustavo Valadares (DEM), que institui a Política Antidrogas nas escolas da rede pública e privada de Minas Gerais, teve parecer pela rejeição. A iniciativa, que obriga as escolas a realizarem, no decorrer do ano letivo, campanhas, foi rejeitada por não trazer "nenhuma inovação no ordenamento jurídico" e por "já existirem leis com igual intenção".

Prazo - O deputado Antônio Júlio (PMDB) pediu prazo maior para emitir parecer sobre o PL 438/07, do deputado Leonardo Moreira (DEM), que dá nova redação ao artigo 20 da Lei 10.453, de 1991, que trata da delegação, pelo DER, de serviço de transporte coletivo rodoviário intermunicipal.

O deputado Jayro Lessa (DEM), por sua vez, solicitou a distribuição em avulso (distribuição de cópias) de seu parecer ao PL 30/07, do governador, que dispõe sobre a inovação tecnológica e as parcerias estratégicas entre as instituições oficiais de ensino e pesquisa e a iniciativa privada, para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras em Minas Gerais. Na reunião anterior, havia sido concedida vista à deputada Elisa Costa (PT).

Fora da pauta - Quatro projetos de lei foram retirados da pauta por falta de pressupostos regimentais. Todos tramitam em 1º turno. São eles os de números: 614/07, 1.124/07, 1.227/07 e 1.233/07. Foram aprovados ainda pareceres de 1º turno relativos a seis projetos de doações de imóveis e um de permuta.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente da comissão; Jayro Lessa (DEM), vice-presidente; Antônio Júlio (PMDB); Célio Moreira (PSDB); Doutor Rinaldo (PSB); Paulo Guedes (PT) e Ruy Muniz (DEM).

 

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