Parlamentar abre seminário internacional sobre Justiça Restaurativa

O deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ...

05/11/2007 - 00:01
 

Parlamentar abre seminário internacional sobre Justiça Restaurativa

O deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, participou da abertura do Seminário Internacional Justiça Restaurativa e sua Aplicabilidade no Brasil, realizado no auditório da Escola Superior Dom Helder Câmara, em Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (5/11/07). O evento, realizado pelo Ministério Público (MP) em parceria com a Assembléia, o Governo do Estado e o Tribunal de Justiça (TJMG), tem como objetivo colocar Minas no cenário da discussão desse conceito alternativo de solução de conflitos do Direito Criminal. A Justiça Restaurativa determina a reparação dos danos causados às pessoas e relacionamentos, ao invés de simplesmente punir os transgressores.

Segundo o parlamentar, o debate se faz necessário, tendo em vista que a sociedade vive um momento de insatisfação e frustração quanto à atuação da Justiça brasileira. Para ele, o seminário é uma vitória do trabalho realizado pela Subsecretaria de Estado de Direitos Humanos na busca por soluções que contemplem a sociedade. "A resposta aos problemas de segurança pública está na Justiça Restaurativa, que pode definir um novo papel ao Judiciário brasileiro", disse. Em nome do presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), ele reafirmou que o Parlamento é parceiro do evento e em seus desdobramentos.

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, fez coro às palavras de Durval Ângelo, no que se refere ao desapontamento da sociedade com relação à Justiça. De acordo com ele, o sistema criminal brasileiro não funciona bem e os órgãos de defesa, por mais que se esforcem, não têm dado conta da demanda. "A Justiça Restaurativa é uma alternativa interessante. O MP apóia o evento, que certamente é o primeiro passo para que encontremos soluções para a questão criminal no Brasil", afirmou.

Alerta - O representante do TJMG, desembargador Hélcio Valentim de Andrada Filho, lembrou que o conceito é novo no País, e que não será fácil importá-lo para a sociedade brasileira. Segundo ele, a Justiça Restaurativa é utilizada em nações estáveis, como a Nova Zelândia, e será preciso adaptá-lo às nossas peculiaridades. "Teremos que ter paciência, mas se acharmos alguma forma de solucionar os problemas criminais no Brasil, poderemos descortinar um cenário mais positivo para o País", ponderou.

Compuseram também a mesa de debates o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Custódio Mattos; e o diretor da Escola Superior Dom Helder Câmara, padre Paulo Umberto Stumpf.

 

 

 

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