ALMG vai a Valadares para debater incentivos fiscais na cultura

O Projeto de Lei (PL) 1.022/07, que modifica a Lei 12.733, de 1997, que trata da concessão de incentivos fiscais para...

01/11/2007 - 00:00
 

ALMG vai a Valadares para debater incentivos fiscais na cultura

O Projeto de Lei (PL) 1.022/07, que modifica a Lei 12.733, de 1997, que trata da concessão de incentivos fiscais para estimular a realização de projetos culturais no Estado, será tema de audiência pública da Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais nesta quinta-feira (8/11/07), em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A reunião, solicitada pela autora do projeto, deputada Elisa Costa (PT), será às 13 horas, na Câmara Municipal (Avenida Marechal Floriano, 905, Centro). De acordo com a parlamentar, o objetivo é colher propostas e sugestões dos agentes culturais para aperfeiçoar a lei. "Este é o momento em que estaremos refletindo e unificando as propostas do Legislativo, do Executivo e dos movimentos culturais mineiros, para produzir uma Lei de Incentivo Cultural com o rosto cultural de Minas Gerais", afirmou.

Na justificativa o projeto, é explicado que o texto do PL 1.022/07 é o mesmo aprovado na forma do substitutivo nº 1 ao antigo PL 2.880/05, apresentado na legislatura passada e arquivado após o término dela. De acordo com Elisa Costa, na legislatura passada, o projeto foi debatido em duas audiências públicas e foi criado um grupo de trabalho para aprimorar a proposta, o que resultou no substitutivo nº 1. Seu objetivo agora, nesta legislatura, é debater a aprimorar ainda mais a matéria.

Segundo informações divulgadas pelo gabinete da deputada Elisa Costa, pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Históricos e Culturais da Fundação João Pinheiro, apontou que, no período de 1998 a 2002, a Região Central concentrou 78,5% dos projetos apresentados e 75,6% dos incentivados. A pesquisa demonstrou também que havia uma tendência de redução paulatina da participação dessa região em relação às demais, com um pequeno aumento na participação do Centro-Oeste, do Vale do Rio Doce, do Triângulo e da Zona da Mata, não suficiente para reduzir a participação da região Central para menos de 70%.

Convidados - Foram convidados para a reunião desta quinta-feira a secretária de Estado de Cultura, Eleonora Santa Rosa; a integrante da Representação Regional do Ministério da Cultura, Aída Ferrari; os representantes do Conselho Municipal de Cultura de Governador Valadares, Jaime Luiz Rodrigues Júnior e Aureliano Lobo Machado; o integrante do Projeto Lira 30 de janeiro, Elizeu Gabriel; o representante do Núcleo Cidade Cultura, Fernando José de Almeida; o representante do Projeto Tim Valadares, Alpiniano Silva Filho; e o professor Ananias Tomás dos Santos, da Associação Homens do Amanhã.

Projeto já foi tema de reunião

A Comissão de Cultura da ALMG já realizou, a pedido da deputada, audiência pública, em Belo Horizonte, no último 16 de outubro, para debater junto a entidades da área, modificações na Lei 12.733, de 1997. Desde o ano passado, têm sido realizados debates e reuniões com a Secretaria Estadual da Cultura, quando foi formada uma comissão de representantes das entidades, Estado e Assembléia Legislativa, para discutir as mudanças e aperfeiçoamentos da Lei. "As propostas apresentadas nessa audiência são resultado dessas reuniões e a nosso objetivo é descentralizar o benefício, de forma que ele chegue aos municípios do interior", afirmou Elisa Costa. Ela acrescentou que o fato de a Secretaria de Cultura ter criado a Comissão de Análise da Lei foi um dos avanços desse debate para que a legislação pudesse ser aperfeiçoada.

A Comissão de Análise da Lei já apresentou o estudo preliminar, que prevê, por exemplo, o aumento gradativo de recursos para projetos no interior; a fusão das 12 áreas de projetos em nove; e a criação de câmaras setoriais para essas áreas, descentralizando a análise dos projetos. De acordo com informações da Secretaria Estadual da Cultura, foram adotados critérios para análise de projetos culturais que contribuíram para a descentralização. Em 2004, 35% dos projetos do interior foram aprovados e 65% foram de Belo Horizonte. Com a adoção dos critérios, em 2005, 42% dos projetos foram do interior e 58% de Belo Horizonte.

Uma das propostas apresentadas pela Comissão é redistribuir os recursos ao longo dos anos, sendo que, em 2008, 40% do percentual seria para o interior e 60% para a Capital e até 2013, seria acrescido 1% para o interior ano a ano, reduzindo-se o mesmo percentual da Capital. A proposta apresentada pela SEC para distribuição dos recursos foi:

2008 - mínimo de 40% interior e 60% Capital

2009 - mínimo 41% interior e 59% Capital

2010 - mínimo 42% interior e 58% Capital

2011 - mínimo 43% interior e 57% Capital

2012 - mínimo 44% interior e 56% Capital

2013 - mínimo 45% interior e 55% Capital.

 

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