Assembléia é parceira na promoção de evento sobre Justiça Restaurativa

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais é parceira do Ministério Público, das Secretarias de Desenvolvimento Social ...

31/10/2007 - 00:01
 

Assembléia é parceira na promoção de evento sobre Justiça Restaurativa

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais é parceira do Ministério Público, das Secretarias de Desenvolvimento Social e de Defesa Social e do Tribunal de Justiça na realização do seminário internacional A Justiça Restaurativa e sua aplicabilidade no Brasil. O evento será promovido entre a próxima segunda (5/11/07) e quarta-feira (7), no Auditório da Escola Superior Dom Helder Câmara (rua Álvares Maciel, 628 - bairro Santa Efigênia), em Belo Horizonte. Um dos objetivos do seminário é colocar Minas no cenário de discussão desse conceito alternativo de solução de conflitos. Os interessados em participar podem se inscrever pelo endereço eletrônico www.mp.mg.gov.br/jr. As inscrições são gratuitas e estão abertas 400 vagas.

Experiências nacionais e internacionais serão relatadas no evento, que terá o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, como um dos debatedores. Ele falará na abertura do seminário, marcada para as 8h30 desta segunda-feira (5). Na avaliação do parlamentar, a Justiça Restaurativa é uma medida inovadora que oferece alternativas de punição a quem cometeu pequenos delitos, contribuindo para evitar a reincidência. A ressocialização do condenado deve ser um dos focos do debate, na opinião de Durval Ângelo, assim como a participação da Justiça Restaurativa na tarefa de desafogar o sistema prisional e a Justiça.

Entre aqueles que ministrarão palestra, estão o secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Rogério Favreto; representantes de universidades da Itália e da Nova Zelândia; o presidente do Instituto Brasileiro de Justiça Restaurativa, Renato Sócrates Gomes Pinto; e representantes de estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul, entre outros (leia programação abaixo).

O que é a Justiça Restaurativa - Segundo informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público, a Justiça Restaurativa é um conceito alternativo de solução de conflitos que começa a ganhar espaço no Brasil. Ela reformula o modo convencional de definir crime e justiça, intervindo de modo efetivo na pacificação das relações sociais. Parte do pressuposto de que atos delituosos, além de violarem normas legais, causam dano às pessoas e aos relacionamentos. Portanto, entende que não só a vítima e o autor são afetados, mas também a comunidade. Assim, na Justiça Restaurativa, além do autor, vítima e comunidade são ouvidas e participam ativamente na construção de uma solução negociada para o conflito.

Reconhecendo o potencial transformador da Justiça Restaurativa, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Resolução 2002/12, recomenda o desenvolvimento e a implementação de programas de Justiça Restaurativa em matéria criminal. Sobre esse assunto, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL) 7006/06, que altera dispositivos processuais penais para facultar o uso de procedimentos restaurativos no sistema de justiça criminal brasileiro.

Programação

5/11/07

8 horas: credenciamento

8h30: abertura - com representantes do governo do Estado, ALMG, Tribunal de Justiça, Procuradoria-Geral de Justiça e Escola Superior Dom Hélder Câmara

10 horas: painel Justiça Restaurativa: conceitos, práticas e perspectivas - com o coordenador e pesquisador do Centro Talcott de Direito e Justiça do Rio Grande do Sul, Pedro Scuro Neto. O presidente da Mesa é o promotor Lélio Braga Calhau, de Minas Gerais

10h50: painel A proposta restaurativa no sistema de justiça brasileiro - com o secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Rogério Favreto. O presidente da Mesa é o chefe de gabinete da Polícia Civil de Minas, Jésus Trindade Barreto Filho. Às 11h40, começa a fase de debates

14 horas: painel A Justiça Restaurativa no debate criminológico - com o professor de Criminologia da Universidade de Milão (Itália), Adolfo Ceretti. O presidente da Mesa é Virgílio Mattos, professor da Escola Superior Dom Helder Câmara. Às14h50, começa a fase de debates

15h30: painel Desenvolvimento da Justiça Restaurativa como política pública no mundo contemporâneo: a experiência internacional - com Adolfo Ceretti, professor de Criminologia da Universidade de Milão (Itália), e Gabrielle Maxwell, professora da Universidade de Wellington (Nova Zelândia). O presidente da Mesa é o presidente do Instituto Brasileiro de Justiça Restaurativa, Renato Sócrates Gomes Pinto. Às 17h30, começa a fase de debates

6/11/07

8 horas: painel Desenvolvimento da Justiça Restaurativa como política pública no mundo contemporâneo: a experiência brasileira - com o juiz Asiel Henrique de Sousa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios; e o presidente da Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)/Pernambuco, Carlos Eduardo de Vasconcelos. O presidente da Mesa é o desembargador Hélcio Valentim de Andrade Filho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Às 10 horas, começa a fase de debates

10h50: painel Justiça Restaurativa, Segurança Pública e Direitos Humanos - com o jornalista e consultor em Segurança Pública e Direitos Humanos Marcos Rolim. O presidente da mesa é o subsecretário de Estado de Direitos Humanos de Minas Gerais, João Batista de Oliveira. Às 11h40, começa a fase de debates

14 horas: painel Justiça Restaurativa e sistema penal juvenil - com o diretor do Departamento de Cidadania e Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Justiça e do Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul, procurador de Justiça Afonso Konzen. O presidente da Mesa é o coordenador do Programa de Mediação de Conflitos da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, Bráulio Magalhães Silva. Às 14h50, começa a fase de debates

15h40: painel Uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar do conflito - com a psicóloga clínica Adriana Barbosa Sócrates. A presidente da Mesa é a coordenadora do Núcleo de Assistência às Vítimas de Crimes Violentos, Vânia Valadão. Às 16h30, começa a fase de debates

17 horas: painel Críticas e contra-críticas - com Leonardo Sica, advogado e professor convidado da Fundação Getúlio Vargas (FGV)/São Paulo. O presidente da Mesa é o promotor Rodrigo Filgueira de Oliveira, de Minas Gerais. Às 17h40, começa a fase de debates

7/11/07

9 horas: painel Justiça Restaurativa e resolução de conflitos: desdobramentos - com a procuradora do Trabalho Elizabeth Veiga, do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco. O presidente da Mesa é João Batista da Silveira, diretor do Sindicato dos Auxiliares da Administração Escolar do Estado de Minas Gerais. Às 9h30, começa a fase de debates

10h30: mesa-redonda A compatibilidade do modelo restaurativo com a realidade brasileira - com Leonardo Sica, advogado e professor convidado da FGV; o presidente do Instituto Brasileiro de Justiça Restaurativa, Renato Sócrates Gomes Pinto; e o procurador de Justiça Afonso Konzen, do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O presidente da Mesa é o procurador-geral de Justiça adjunto institucional, Fernando Antônio Fagundes Reis, do Ministério Público de Minas Gerais. Às 11h30, começa a fase de debates

14 horas: 1ª Assembléia Geral do Instituto Brasileiro de Justiça Restaurativa (somente associados)

 

 

 

 

 

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