Triângulo apresenta 36 sugestões de emendas ao PPAG

Mais de cem pessoas de nove municípios do Triângulo Mineiro participaram, nesta segunda-feira (29/10/07), em Frutal, ...

29/10/2007 - 00:00
 

Triângulo apresenta 36 sugestões de emendas ao PPAG

Mais de cem pessoas de nove municípios do Triângulo Mineiro participaram, nesta segunda-feira (29/10/07), em Frutal, da segunda audiência pública para discutir o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) para o período de 2008 a 2011. Entre os participantes, estiveram prefeitos, vereadores, líderes comunitários e estudantes. O encontro, promovido pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais em parceria com o Executivo, foi realizado no auditório da UEMG e teve por objetivo colher sugestões de movimentos sociais, representantes de poderes públicos e da sociedade em geral para o plano de investimentos, metas e obras do Executivo para os próximos quatro anos.

Na audiência de Frutal foram discutidos apenas 5 dos 57 projetos estruturadores do Estado, considerados mais afetos à região. As discussões foram divididas em três grupos: Logística de integração e desenvolvimento, Investimento e valor agregado da produção e Defesa Social. Os participantes apresentaram 36 propostas de ações que, se acatadas, podem se transformar em emendas ao Projeto de Lei 1.615/07, que dispõe sobre o PPAG.

A maioria das propostas é sobre construção, reforma ou melhoria de rodovias da região, e ainda assuntos como construção de casas-abrigo para mulheres vítimas de violência, incentivo para atrair empresas para a região, em especial para a indústria de biocombustível, criação de um centro-dia (uma espécie de asilo diurno) para idosos, ampliação da merenda escolar para estudantes do ensino médio, fortalecimento da agricultura familiar, ampliação da dotação orçamentária da UEMG e outras melhorias para a universidade.

O relator do projeto do PPAG, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), considerou todas muito pertinentes e afirmou que vai avaliar cada uma para ver se são acatadas como emendas. "Nosso objetivo é que todas as sugestões, ou a maioria delas, sejam incorporadas ao PPAG", disse.

O deputado Zé Maia (PSDB), que representou o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alberto Pinto Coelho (PP) e coordenou os trabalhos, também elogiou as proposições apresentadas pelos participantes. Lembrou que algumas delas já são contempladas pelo projeto original e, por isso, podem não ser aproveitadas. O parlamentar ressaltou a importância das audiências públicas para o aprimoramento do processo democrático e de tomada de decisões. Segundo ele, se as ações do governo visam às pessoas "é fundamental que todos sejam ouvidos antes".

Também elogiaram as consultas públicas os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, e Eros Biondini (PHS). "Estamos buscando a ferramenta para o desenvolvimento de nossos municípios e regiões", afirmou Dalmo. "Queremos que os investimentos gerem resultados práticos e positivos para a sociedade", completou Biondini.

Técnicos do Executivo explicam projetos e investimentos para o Triângulo

Pela manhã, os gerentes dos projetos estruturadores fizeram explanações sobre cada um. Na área 1, foi abordado o Pró MG Pleno - Programa de Recuperação e Manutenção Rodoviária do Estado de Minas Gerais e o Programa de Potencialização da Infra-Estrutura Logística da Fronteira Agroindustrial. O primeiro pretende ampliar o percentual de rodovias em boas condições, propiciando uma movimentação mais ágil e segura de pessoas e produtos, além da redução dos custos de transporte rodoviário. Até o próximo ano, a previsão é investir R$ 100 milhões na recuperação de 1,3 mil quilômetros de rodovias.

O segundo projeto também prevê investimentos na recuperação de rodovias pavimentadas para melhorar o escoamento da produção. Para o Triângulo, as previsões são de investir R$ 201,5 milhões para recuperar 4,2 mil quilômetros. O terceiro projeto estruturador apresentado, que fez parte do grupo 2, foi o de Promoção e Atração de Investimentos Estratégicos e Desenvolvimento das Cadeias Produtivas das Empresas-Âncora, cujo objetivo é aumentar a competitividade das empresas mineiras já instaladas e atrair novos investimentos privados. Para o Triângulo, as ações do governo nesse sentido devem superar R$ 1,7 bilhão, entre 2008 e 2011. Somente para ampliação e melhoria do serviço de energia para as empresas, devem ser investidos mais de R$ 300 milhões.

Já o projeto Cresce Minas - Oferta e Distribuição de Energia Elétrica, também do grupo 2, pretende recuperar a capacidade de atendimento em energia, para atender à demanda de 774 municípios do Estado. No Triângulo, já estão em fase de contratação projetos para construir uma nova subestação de energia elétrica em Perdizes, outra em Prata e ampliação das subestações de Carneirinho, Campina Verde, Tupaciguara, Araporã e Coqueiros, totalizando 94 quilômetros de linhas de transmissão. Os investimentos devem superar os R$ 100 milhões nos próximos quatro anos.

Menos violência - Com o objetivo de reduzir ou coibir a violência na região, o Executivo está planejando investir, sobretudo nos adolescentes do Triângulo Mineiro. O grupo 3 ouviu as perspectivas para o projeto de Atendimento às Medidas Socioeducativas, que prevê garantir a efetividade do atendimento ao adolescente infrator, rompendo o processo de criminalidade juvenil e promovendo a ressocialização do jovem.

Outra vertente do programa é destinar recursos às prefeituras para que executem ações preventivas ou punitivas com os jovens infratores. Nessa parceria, o Executivo prevê aplicar cerca de R$ 20 milhões no Triângulo.

Como são os planos de ações do Executivo

Também pela manhã, o subsecretário de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Estado, Planejamento e Gestão (Seplag), Manuel Carvalho da Silva Neto, explicou como é a estratégia do Executivo mineiro para executar seus programas e ações. O planejamento estadual é dividido em quatro arranjos institucionais: o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Orçamento Anual (LOA).

O PMDI é um plano estratégico de longo prazo, que consolida as grandes metas desejadas para 20 anos e o atual tem validade até 2023. Ele divide a ação do Estado em 11 áreas de resultados que visam a um principal objetivo: transformar Minas no melhor Estado para se viver.

O PPAG, por sua vez, tem vigência de quatro anos e a função de estabelecer as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes. Funciona como um coordenador das ações da sociedade e do governo, com vistas a assegurar as metas do PMDI. Nos próximos quatro anos, o governo planeja investir R$ 24 bilhões do Tesouro estadual nos 57 programas estruturadores que abrangem áreas como saúde, educação, transporte, segurança e meio ambiente.

Já a LDO seleciona, anualmente, os programas do PPAG que terão prioridade de execução no orçamento subseqüente. Ela deve conter as metas e prioridades da Administração Estadual, as despesas correntes e de capital para o exercício financeiro, disposições sobre alterações tributárias, política de aplicação das agências financeiras oficiais e orientações para elaboração da LOA.

Por fim, a LOA tem como principal objetivo estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro.

O subsecretário fez um relato das conquistas do atual governo e citou vários exemplos de sucesso como a melhoria nos índices de escolarização que passou de 75,4%, em 2002, para 84,1%, em 2004, ultrapassando a média nacional. Também ressaltou a queda do nível de violência em todo Estado, destacando a queda de 19% dos casos de homicídio em Belo Horizonte, após oito anos consecutivos de aumento. O PIB de Minas, segundo ele, cresceu 3,7%, superando pelo segundo ano consecutivo a média nacional.

Presenças: Deputados Zé Maia (PSDB); Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Eros Biondini (PHS) e Lafayette de Andrada (PSDB). Também compuseram a mesa, o subsecretário citado na matéria, a prefeita de Frutal, Maria Cecília Macchi Borges; o vice-presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas, Eduardo Bernis; o presidente da Câmara municipal de Frutal, vereador Joob de Paula Alves; o diretor da UEMG, Ronaldo Wilson Santos; o diretor do projeto Central de Alocação Estratégica de Recursos e Ações da Seplag, João Vítor Resende.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715